Reunião da Petrobras, oportunidade em Fibria, resultados e mais 6 notícias no radar

Confira abaixo os principais destaques corporativos da manhã desta sexta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Ainda tímida, a temporada de balanços aparece nos destaques desta sexta-feira, com os resultados da Grendene e Localiza. Chama atenção hoje ainda a reunião do conselho da Petrobras, o presidente da Gerdau defendendo a reestruturação da empresa e relatórios positivos sobre a Fibria após balanço. Confira abaixo os principais destaques desta manhã:

Petrobras
O conselho de administração da Petrobras (PETR3; PETR4) se reúne hoje no Rio de Janeiro com foco na discussão da Sete Brasil, parceira da Petrobras na exploração do pré-sal, segundo a coluna Radar, da Veja. Já o conselheiro da estatal, Deyvid Bacelar, disse que a estatal discutirá reestruturação da Transportadora Associada de Gás (TAG) e renovação de registro de companhia aberta na SEC (Securities and Exchange Commission).  

Vale
O IPO (Inicial Public Offering) da divisão de níquel da Vale (VALE3; VALE5) pode estar ameaçado após produção ficar abaixo das estimativas no segundo trimestre, conforme relatório de produção divulgado ontem pela manhã. As informações são da Bloomberg. A produção de níquel da Vale subiu menos de 9% no período, para 67,1 milhões de toneladas. No ano passado, a mineradora disse que consideraria a venda de uma participação minoritária entre 30% a 40% na sua unidade de produção de metais, avaliada em US$ 35 bilhões, em uma oferta pública inicial de ações. 

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Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) decidiu cobrar do governo uma dívida contraída pelo Ministério da Agricultura entre 2001 e 2012 que hoje chega a R$ 380 milhões, segundo o Valor. O montante refere-se a remuneração que o banco cobra para operar o Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira), que financia produtos do segmento e é mantido com recursos controlados. 

Gerdau
O presidente da Gerdau (GGBR4), André Gerdau, defendeu, em entrevista ao Valor, a reestruturação da empresa, cuja operação envolveu um total de R$ 1,986 bilhão para comprar fatias minoritárias na Gerdau Aços Longos, Gerdau Açominas, Gerdau Aços Especiais e Gerdau América Latina. No dia do anúncio (14 de julho), as ações da Gerdau desabaram 7%, enquanto os papéis da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) caíram 10,52%.

Segundo Gerdau, a operação foi feita para tornar a empresa “mais ágil”, podendo representar uma redução no custo da dívida importante ao longo do tempo caso a companhia precise de uma emissão de dívida, considerando a volatilidade do mercado. Para ele, o valor pago decorreu de oportunidade de mercado e a reestruturação foi realizada com “preços adequados”.  

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Fibria 
A Fibria (FIBR3) divulgou seu resultado na manhã de quinta-feira. Os números foram bem recebidos pelo mercado e juntamente com a alta do dólar na véspera contribuíram para alta de 3,7%, a R$ 43,53, do papel ontem. O BTG Pactual ressaltou em relatório hoje o momento favorável para a ação. “Estamos bearish para o real e relativamente bullish com os preços de celulose, que devem suportar as ações da Fibria”, comentaram os analistas Leonardo Correa e Caio Ribeiro, do banco, que tem preço-alvo de R$ 47,00 para o papel. Vale mencionar que no setor Suzano (SUZB5) subiu forte também na véspera (+4,37%), mas o balanço só será divulgado dia 12 de agosto.

Na mesma linha, o analista independente Flávio Conde, do blog What’s Call, escreveu que vê mais altas para a ação da Fibria, em função não apenas do resultado do segundo trimestre, mas principalmente porque as perspectivas permanecem positivas para o preço de celulose e dólar subindo no Brasil. Para ele, a ação tem força para chegar R$ 52,88, o que daria um potencial de valorização de 21% até o final do ano. No acumulado de 2015, o papel já subiu 34,7%. 

Cesp
A elétrica Cesp (CESP6) está entre as 12 empresas que deixaram de depositar garantias exigidas para a liquidação financeira dos contratos de energia elétrica referente a junho, que acontece em 5 e 6 de agosto, segundo documento da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) que inclui também sete companhias donas de pequenas usinas hídricas (PCHs).

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A companhia entrou na Justiça e conseguiu uma liminar para restringir cobranças ocasionadas pelo déficit hidrelétrico na liquidação da CCEE, disse à Reuters o secretário de Energia de São Paulo, João Carlos Meirelles, nesta quinta-feira, antes da publicação da lista pela câmara de comercialização.

Educacionais
Ontem, o CMN (Conselho Monetário Nacional) elevou a taxa de juros dos financiamentos concedidos pelo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). A taxa subiu de 3,4% para 6,5% ao ano. A elevação de juros havia sido anunciada por Renato Janine, ministro da Educação, no final do mês passado, quando ele também apontou a abertura de 61,5 mil novos contratos durante o segundo semestre. 

Segundo comunicado divulgado pela assessoria do Ministério da Fazenda, a elevação de juros deve-se ao cenário fiscal e à necessidade do ajuste. Ainda assim, diz a nota, o programa continuará com juro subsidiado, já que a taxa de 6,5% continua menor que a taxa de mercado. 

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Na quinta-feira, as ações das educacionais desabaram na Bolsa: Kroton (KROT3, R$ 9,92, -5,25%), Estácio (ESTC3, R$ 16,50, -5,76%), Anima (ANIM3, R$ 17,40, -4,81%) e Ser Educacional (SEER3, R$ 12,51, -3,02%). 

Embraer
A Embraer (EMBR3) informou que o Legacy 500 obteve certificação de regulador aéreo da China.  

Localiza
A Localiza (RENT3) divulgou balanço do segundo trimestre na noite de ontem. A companhia anunciou lucro líquido de R$ 93,4 milhões, uma redução de 7,2% com relação ao igual período do ano passado. A receita líquida ficou em R$ 949,5 milhões, abaixo das projeções compiladas pela Bloomberg de R$ 982,7 milhões. A empresa fará teleconferência sobre o balanço às 12h (horário de Brasília). 

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O Itaú BBA ressaltou que os resultados foram fracos, mas já antecipados pelo mercado. Para a corretora, a recente pressão sobre a ação é oportunidade de compra, especialmente após o anúncio do programa de recompra. A companhia anunciou um novo programa de recompra de até 12 milhões de ações com o prazo de 365 dias. Já o Bradesco BBI disse que os resultados foram em linha e que a companhia provavelmente reduzirá os dividendos para se tornar mais competitiva diante da fraca atividade econômica.

Grendene
As vendas nos mercados interno e externos caíram, mas a Grendene (GRND3) encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 86,8 milhões, uma alta de 19,8% em comparação com o mesmo período de 2014. Preços médios mais altos dos calçados vendidos e pelo câmbio favoreceram o resultado e suavizaram o impacto da redução dos volumes sobre o faturamento. Houve uma expansão de 74,1% nas receitas financeiras líquidas, para R$ 58,4 milhões.

Segundo a companhia, a receita bruta encolheu 5,4% ante o segundo trimestre de 2014, para R$ 462,1 milhões, puxada negativamente pela queda de 11,6% no mercado interno, para R$ 341,1 milhões. As exportações recuaram 14,7% em dólar, para US$ 39,4 milhões, mas a variação cambial permitiu uma alta de 17,6%, para R$ 121 milhões, com efeito positivo de R$ 33,1 milhões.

(com Reuters)