Dólar testa barreira de R$ 3 e fecha em queda à espera do resultado da Petrobras

O dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,0083 na venda, em queda de 0,63 por cento; desde 4 de março, quando encerrou a R$ 2,9807, o dólar não fecha abaixo de R$ 3

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, influenciado por operações pontuais, enquanto os investidores aguardavam a divulgação do balanço auditado da Petrobras (PETR3;PETR4) e permaneciam atentos a votação de medidas importantes no Congresso Nacional.

O dólar chegou a romper a barreira dos 3 reais durante a sessão, sendo cotado a 2,9969 reais na mínima, mas o movimento não se sustentou.

“A barreira dos 3 reais ainda é um pouco mais difícil de romper e quando chega nesse nível acaba atraindo compra”, disse o gerente de câmbio da Correparti João Paulo De Gracia Correa.

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O dólar encerrou a sessão cotado a 3,0083 reais na venda, em queda de 0,63 por cento. Desde 4 de março, quando encerrou a 2,9807 reais, o dólar não fecha abaixo de 3 reais.

Na máxima da sessão, o dólar foi negociado a 3,1023 reais.

Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de 1,7 bilhão de dólares.

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“O mercado está mais estável e o movimento da sessão reflete operações pontuais de entrada que fizeram o dólar cair”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

O mercado aguardava a divulgação dos resultados auditados do terceiro e quarto trimestres do ano passado da Petrobras, previsto para após o fechamento dos mercados nesta quarta-feira.

“O foco hoje deve ser sobre a divulgação do fortemente esperado resultado da Petrobras e as estimativas de custo dos problemas de corrupção”, informou o Scotiabank em relatório enviado a clientes.

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Além da expectativa pelos resultados da Petrobras, o mercado acompanhava ainda a votação de medidas importantes no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados deve analisar os destaques ao projeto da terceirização ainda nesta quarta-feira, enquanto o Senado Federal deve analisar projeto sobre a indexação da dívida de Estados e municípios.

“O dia está bem recheado de situações locais que ajudam a manter cautela”, disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.

No mercado externo, a moeda norte-americana rondava a estabilidade em relação a uma cesta de moedas.

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Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a 10,115 bilhões de dólares. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 71 por cento do lote total.