Serviço Social: atuação dos profissionais não pode ser confundida com caridade

Atendimento à sociedade em razão dos contrastes no Brasil é baseado em conhecimentos científicos e muita dedicação

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Você já parou para pensar na capacidade de adaptação de algumas pessoas que, com coragem, otimismo e total compreensão de seus problemas conseguiram superar seqüelas graves de acidentes e continuar trabalhando, vencendo todas as barreiras impostas pela sociedade?

Pois bem. A tarefa não é nada fácil, mas requer um bom preparo do paciente, tanto no aspecto físico, como no psicológico. E neste processo de adaptação do indivíduo entra o trabalho de profissionais dedicados e especializados, como o Terapeuta Operacional.

Pacientes de todas as idades

Sabe-se que a população, mesmo que inconscientemente, impõe alguns padrões que, movidos muitas vezes pelo preconceito, dificultam a vida de quem quer retomar seu espaço, independente da idade, sexo ou posição social.

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E isso ocorre em diferentes escalas: seja com o presidiário que cumpriu sua pena e precisa retornar à vida normal, seja com as crianças que, por alguma limitação física ou mental necessitam de apoio para aprenderem a lidar com suas deficiências no dia-a-dia, seja entre pacientes com seqüelas graves em função de acidentes ou mesmo de problemas sérios de saúde (cirurgias e derrames), ou ainda com idosos.

O importante é que, em qualquer idade, os problemas físicos, sensoriais, psicológicos, mentais ou sociais, temporários ou definitivos, existem, e é preciso que o paciente consiga lidar com eles e seja devidamente preparado para isso.

Apoio profissional

Por meio de atividades de recreação, como pintura, desenho, jogos, teatro e música, além de várias práticas esportivas, o terapeuta ocupacional elabora, acompanha e avalia os tratamentos destinados ao paciente. Desenvolve atividades sensoriais, com o objetivo de estimular o raciocínio e a perfeição. Tudo isto torna o paciente mais seguro e independente.

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Em seu trabalho, cabe a elaboração de planos de recuperação e adaptação social, criando e aplicando exercícios físicos, brincadeiras, ensinando métodos e técnicas de trabalho a pacientes com dificuldades psicológicas, motoras e de aprendizagem, doentes, detentos e marginalizados em geral.

Todas estas tarefas exigem, além dos conhecimentos técnicos necessários, um perfil bastante específico: concentração, criatividade, sensibilidade, paciência, facilidade de lidar com pessoas são algumas das características, somadas à principal – o equilíbrio emocional. Afinal, deve-se ter em mente que o maior objetivo é superar problemas e limitações, e isto exige preparo!

Onde trabalhar

Ligada à área da saúde, a Terapia Ocupacional tem seu campo de atuação em hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde, asilos, centros de reabilitação e convivência, escolas, penitenciárias, creches, clubes, academias, oficinas terapêuticas e de saúde.

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O mercado tem sido favorecido pela valorização de projetos sociais que promovem ações na saúde e na educação. Embora ofereça salários menores, o setor público ainda é o maior empregador nesta especialidade. Outra opção é o trabalho voltado à terceira idade, que tem evoluído bastante.

Sobre o curso

A faculdade de Terapia Ocupacional dura, em média, quatro anos, onde o estudante terá contato com disciplinas como anatomia, biologia, introdução à saúde humana, farmacologia, enfermagem, psicologia, pediatria, oftalmologia, educação especial, reabilitação profissional e clínica geral.