Aquisição de fatia da Fosfertil reforça visão otimista de analistas com a ação da Vale

No geral, perspectivas são positivas para ambas empresas; aposta é no crescimento do mercado de fertilizantes no Brasil

Livia Teixeira

Publicidade

SÃO PAULO – Após a Vale (VALE3, VALE5) anunciar na quarta-feira (27) a compra de 100% da Bunge Participações e Investimentos por US$ 3,8 bilhões, incluindo a participação direta e indireta de 42,3% no capital total da Fosfertil (FFTL4), analistas acreditam em um crescimento no mercado de fertilizantes no Brasil e reiteram recomendações favoráveis às empresas.

Segundo o Citigroup, o acordo não deverá impactar as avaliações para a ação. A instituição mantém recomendação de compra para a ação da empresa, com perspectivas de que a contribuição financeira da adquirida seja de 1% a 2% para o Ebitda (geração operacional de caixa) da Vale em 2010.

Também com opinião otimista, as recomendações da equipe do Bradesco para a Vale seguem como ‘outperform’ (esperando que a ação performe 10% acima do índice Ibovespa) e um preço-alvo de R$ 62,40. Para a Fosfertil, os analistas da Itaú Corretora soltam recomendação ‘outperform’ e preço-justo de R$ 26,20 aos papéis.

Continua depois da publicidade

Próximos passos
Com base no relatório dos analistas da Bradesco Corretora, o próximo passo da Vale é adquirir as participações da Yara, da Mosaic e o free float da Fosfertil – chegando a 100% de participação na empresa.

Na avaliação da equipe do Citi, o objetivo da Vale em crescer no mercado de fertilizantes já é conhecido. Além disso, eles sinalizam que estas possíveis próximas aquisições da empresa serão positivas, pois é previsto um crescimento na demanda por fertilizantes no Brasil.

Setor em crescimento
De acordo com os analistas da Bradesco, o segmento de fertilizantes deverá ganhar maior importância nos negócios da Vale, podendo atingir 15% do total do Ebitda (geração operacional de caixa) em 2015, dos atuais 3%.

Continua depois da publicidade

Para eles, o negócio de fertilizantes no Brasil é bastante promissor, principalmente devido ao potencial crescimento da agricultura e o da utilização de biocombustíveis no Brasil.