Janaina Paschoal recusa convite para ser vice de Bolsonaro

Palo Twitter, a advogada, que ficou nacionalmente conhecida durante o processo do impeachment de Dilma Rousseff, alegou motivos familiares para a decisão

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Depois das negativas do senador Magno Malta (PR) e do general Augusto Heleno (PRP), foi a vez de a advogada Janaina Paschoal recusar convite do deputado Jair Bolsonaro (PSL) para integrar a vice em sua chapa para as eleições presidenciais. A decisão, comunicada neste sábado (4) pelo Twitter, teve por justificativa questões familiares.

“Conversei com o Dep. Bolsonaro e com o Pres. do PSL, Dr. Gustavo Bebiano, e cheguei à conclusão de que, neste momento, não tenho como concorrer à Vice-Presidência. Por questões familiares, por ora, eu não posso me mudar para Brasília. A minha família não me acompanharia”, escreveu a advogada.

“Eu tentei todas as composições possíveis. Peço desculpas ao Brasil e prometo, esteja onde estiver, com ou sem cargo, continuar lutando por um país livre. Acima de tudo, um país de mentes livres. Essa tem sido minha luta, desde que nasci. Acho até que nasci para isso!”.

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Na sequência de cinco postagens, Janaina ainda defendeu Bolsonaro de acusações de que seria machista e autoritário. Segundo ela, o deputado a tratou “de igual para igual desde o primeiro momento” e foi tolerante com seus posicionamentos.

Ao final, a advogada que ficou nacionalmente conhecida durante o processo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como uma das signatárias da peça acusatória, disse que se concentrará na ADPF 422, que trata da legalização do aborto.

Em entrevista concedida à GloboNews ontem, Bolsonaro disse que, se Janaina não aceitasse o convite, o vice poderia ser o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.