Oficial: OGX pede recuperação judicial no Tribunal de Rio de Janeiro

Procurada pelo InfoMoney, a OGX ainda não foi encontrada; desdobramento era altamente esperado pelo mercado

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – A OGX Petróleo (OGXP3) finalmente pediu recuperação judicial, na tarde desta quarta-feira (30), confirmou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – distribuindo o pedido para a 4ª vara empresarial no Rio de Janeiro. Esse desdobramento era altamente esperado pelo mercado, já que a companhia iria ficar oficialmente inadimplente nesta quinta-feira. 

Procurada pelo InfoMoney para confirmar a informação, a OGX ainda não foi encontrada para comentar o assunto. A BM&FBovespa ainda não foi oficialmente notificada – já que o papel entrou em leilão apenas por “oscilação máxima permitida” nesta tarde. A empresa passou por um longo leilão, saindo em queda de 30,43%, aos R$ 0,16. A empresa fechou o pregão com queda de 26,09%, aos R$ 0,17. 

Essa recuperação judicial foi pedida no Rio de Janeiro, pelo advogado Sérgio Bermudes, destacou os outros órgãos de imprensa. A empresa afirmou nesta sessão que a decisão dependia de uma reunião do conselho de administração e que a decisão ainda não havia sido tomada. Quase sem liquidez, os títulos de dívida não se movimentaram com o pedido de recuperação judicial.

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A empresa declarou a justiça dívidas de R$ 11,2 bilhões com os detentores de títulos no exterior, ao pedir a recuperação judicial de quatro subsidiárias: OGX Petróleo e Gás Participações S.A., OGX Petróleo e Gás S.A, OGX International GMBH e a OGX Austria GMBH. Como antecipado pelo mercado, os ativos de gás natural no Maranhão, chamados de OGX Maranhão, foram excluídos do pedido.

Agora, a companhia terá 60 dias para apresentar o plano de reestruturação de dívidas, e os credores deverão responder em até 30 dias. A empresa estima que esse processo deva durar até 180 dias. Amanhã, caso a notícia seja confirmada pela justiça, a OGX deverá passar por um último leilão antes de ter as negociações suspensas por período indeterminado. 

Em nota, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi o primeiro a afirmar que não perde nada com isso, por não ter nenhum financiamento. O BNDESPar é dono de 0,26% das ações da petrolífera, o que representa apenas 0,01% da carteira do braço de participações da estatal.