UE chega a acordo para reformar política agrícola

Com reforma, muitos grandes produtores da Europa perderão até 30% dos subsídios atuais para permitir que os recursos sejam distribuídos de forma mais equilibrada

Reuters

Bandeira da União Europeia

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BRUXELAS – Negociadores da União Europeia concordaram nesta quarta-feira em realizar uma ampla reforma da Política Agrícola Comum (PAC), estabelecendo normas que envolvem 50 bilhões de euros em subsídios agrícolas no orçamento plurianual para 2014-2020.

Na reforma, muitos grandes produtores da Europa, particularmente na França, Espanha e Itália, vão perder até 30 por cento dos subsídios atuais para permitir que os recursos sejam distribuídos de forma mais equilibrada.

Além disso, as cotas de produção de açúcar vão terminar a partir de outubro de 2017, afirmou uma autoridade da UE envolvida nas negociações.

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O sistema de cotas de 45 anos e de preços mínimos para a beterraba para a produção de açúcar tem sido responsabilizados por criar períodos de escassez artificial do adoçante na Europa, e limitar exportações da UE porque as regras internacionais de comércio consideram injustos os subsídios.

“Chegamos a um acordo de princípios para a reforma da PAC entre os negociadores, que precisa ser confirmado pelo Parlamento Europeu e pelos governos da UE”, disse o comissário agrícola, Dacian Ciolos, após as discussões.

Ciolos afirmou que não vê nenhum problema para a aprovação pelos governos e pelo Parlamento.

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“Conseguimos um bom resultado. Temos um pacote que, no geral, tem o apoio do Parlamento Europeu”, afirmou à Reuters o ministro da Agricultura irlandês, Simon Coveny.

Mais detalhes do pacote estarão disponíveis após a votação na comissão agrícola do Parlamento, mais tarde nesta quarta-feira.