OGX e LLX ganham força; MRV cai mais de 6% após resultado

Ainda entre os destaques, Multiplan altera cronograma de oferta de ações; Petrobras pode anunciar plano de negócios de 2013-2017 nesta sexta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Alternando entre altas e quedas no início desta tarde, o Ibovespa apresenta queda de 0,18% por volta das 13h41 (horário de Brasília) desta sexta-feira (15), aos 57.176 pontos.

Chama atenção neste pregão as ações da OGX Petróleo (OGXP3), que registram ganhos de 5,02%, sendo cotadas a R$ 2,51, após serem fortemente penalizadas na bolsa. Na máxima do dia, atingiram valorização de 8,79%, a R$ 2,60.

As perspectivas negativas sobre a empresa engataram uma forte pressão vendedora nos papéis nos últimos dias – na véspera as ações alcançaram o menor patamar da história no intraday, quando chegou a valer R$ 2,32. “Isso gerou um movimento de esgotamento dos papéis e que pode estar contribuindo para a valorização nesta sessão. A posição alugada cresceu muito nos últimos dias e está esbarrando no limite”, disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

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Segundo operadores, a taxa de aluguel disparou, chegando em algumas corretoras a 30% ao ano. Com poucos doadores no mercado, e a taxas altíssimas, a posição alugada ontem da OGX era de 236 milhões de ações, enquanto a bolsa estabelecia limite de 250 milhões de ações, segundo dados da BM&FBovespa. Normalmente, o limite para aluguel é equivalente a 20% das ações em circulação no mercado. Se o limite for atingido, a bolsa poderá elevá-lo, se considerar que a operação com aquele ativo atende aos critérios de risco, mas o assunto ainda não foi levantado por ela.

LLX ganha força após assinar contrato com finlandesa
Outro papel do Grupo EBX também ganha destaque nesta sessão. As ações da LLX (LLXL3) sobem 2,98%, a R$ 2,42, e chegaram na máxima do dia a R$ 2,46, alta de 4,68%.

A companhia anunciou a assinatura de um contrato de 30 anos para aluguel da área no canal do TX2 – no Superporto do Açu – para finlandesa Wärtsilä, e que pode ser prorrogado por mais 30 anos. 

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No comunicado, a Wärtsilä informou que pretende investir € 20 milhões na unidade do Açu, com previsão de gerar aproximadamente 100 novos empregos.

MRV cai mais de 6%
Do lado oposto do Ibovespa, as ações da MRV Engenharia (MRVE3) registram desvalorização de 6,75%, a R$ 9,94. Se mantido esses níveis de oscilação, será o 3º dia do mês que essas ações terão caído mais de 6% – as outras duas vezes foram ontem e no dia 5 (dia que o Ibovespa bateu seu menor patamar do ano) -, garantindo a elas o incômodo posto de um dos piores desempenhos do Ibovespa em março, acumulando até este horário desvalorização de 21,3% no mensal.

Esse desempenho negativo reflete o resultado do quarto trimestre, que foi divulgado na noite da véspera. A companhia fechou 2012 com um lucro líquido 30,6% menor do que aquele reportado em 20111, ficando em R$ 528 milhões. Olhando apenas para o 4º trimestre do ano, também houve queda em relação ao mesmo período de 2011, indo de R$ 209 milhões para R$ 115 milhões – variação negativa de 44,9%. Vale mencionar que o número do 4T12 também ficou mais de 20% abaixo do que era esperado pelos analistas, segundo média calculada pela Reuters.

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Mais sete empresas divulgaram resultados…
Outras companhias que também reportaram seus balanços entre a noite de ontem e hoje de manhã veem suas ações registrarem um desempenho mais ameno, como é o caso de: Ecorodovias (ECOR3, -0,41%, R$ 16,85), Eternit (ETER3, +1,33%, R$ 9,12), Kepler Weber (KEPL3, -1,50%, R$ 13,10), Positivo (POSI3, -1,30%, R$ 4,54), Lopes Brasil (LPSB3, -0,79%, R$ 35,32), Vanguarda Agro (VAGR3, +2,17%, R$ 0,47) e Dufry (DAGB11, +1,15%, R$ 263,00). (Para conferir os resultados, clique aqui).

Ecorodovias reitera interesse por aeroportos
Em teleconferência de resultados, a Ecorodovias reiterou interesse nos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ), que devem ser leiloados pelo governo federal neste ano. 

Além disso, o diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Marcello Guidotti, disse manteve a parceria com a alemã Fraport para participar da concorrência. 

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Multiplan altera cronograma de oferta de ações 
A administradora de shopping centers Multiplan (MULT3) divulgou nesta sexta-feira (15) um novo prospecto da oferta primária de ações, alterando a data de início do período de reserva de 14 de março para 15 de março.

O fim do período de reserva continua sendo em 26 de março, com precificação no dia 27 do mesmo mês, e estreia dos papéis na Bovespa em 1º de abril.

A companhia já havia informado, em fevereiro, sua intenção de emitir 9 milhões de ações e informou que os controladores – José Isaac Peres e 1700480 Ontario Inc – pretendiam subscrever um valor estimado de 100 milhões de reais.

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Minoritários fazem Redentor manter capital aberto
A Redentor Energia (RDTR3), uma dos acionistas da Light (LIGT3), não conseguiu fechar seu capital em oferta pública de aquisição, informou a companhia. Com isso, a empresa continuará registrada perante a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e suas ações ordinárias serão negociadas no segmento tradicional da BM&FBovespa.

Segundo comunicado da companhia, sua controladora, Parati S.A., adquiriu 6.451 ações da Redentor, que representam 0,19% dos ativos em circulação. Com a compra, a Parati passou a deter 96,81% do capital social da empresa. Cada papel foi adquirido por R$ 7,20, totalizando R$ 46.447,20. 

Pelas regras da CVM, para fechar o capital, é necessário adquirir 2/3 das ações em circulação. Como não atingiu o montante, a Redentor deixará o Novo Mercado da BM&FBovespa, mas continuará sendo negociada nos egmento tradicional da BM&FBovespa.

Petrobras pode anunciar plano de negócios 2013-2017 nesta 6ª
Em meio a questionamentos sobre o gigantesco programa de investimentos da Petrobras (PETR3, PETR4) e as dificuldades em financiá-lo, o conselho de administração da estatal se reunirá nesta sexta-feira.

Em contato com o Portal InfoMoney, a empresa diz que a agenda da reunião não é pública, mas a equipe de análise do Santander diz que os conselheiros discutirão o Plano de Negócios 2013-2017. Se aprovado, um resumo com os pontos principais do plano deverá ser anunciado depois do fechamento, completa o Santander, em relatório assinado por Vicente Falanga Neto. O foco do plano deve ser a financiabilidade dele, escreve.

Entretanto, a discussão do plano de negócios 2013-2017 na reunião não é consenso no mercado. Lucas Brendler, analista da Geração Futuro, diz que é provável que o plano seja discutido, mas até o momento a possibilidade está apenas no campo da especulação.

MMX desiste de investimentos no Chile
Além disso, a MMX Mineração (MMXM3) desistiu de seus investimentos no Chile, anunciou a companhia na noite da última quinta-feira (14), após reunião do Conselho de Administração. A empresa afirma que essa decisão foi tomada por recomendação da diretoria da companhia, após revisão nos estudos de viabilidade dos projetos.

Assim, a empresa deve ter uma baixa contábil de R$ 224 milhões nos resultados do quarto trimestre de 2012. O Chile é grande produtor de cobre, e um dos países em que a mineradora B&A, do BTG Pactual – recém associado de Eike – e de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, atua. Agnelli chegou a ser cotado por parte do mercado a exercer algum cargo na MMX, fato negado por um de seus sócios. “Estamos revisando o modelo de negócios da companhia na busca de maior valor agregado para os acionistas”, afirma Carlos Gonzalez, diretor presidente da companhia. 

BM&FBovespa indica Esteves para Conselho de Administração
A BM&Bovespa (BVMF3) indicou novos nomes para compor seu conselho de administração, sendo eles: o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual; Alfredo Antonio Lima de Menezes, diretor gerente do Bradesco e o presidente da câmara consultiva de renda fixa, câmbio e derivativos da bolsa; e José de Menezes Berenguer Neto, recém-nomeado como presidente sênior para o Brasil pelo J.P. Morgan.

A bolsa nomeia ainda como membros independentes Luiz Nelson Guedes de Carvalho, doutor em contabilidade e controladoria pela FEA-USP; e Luiz Fernando Figueiredo, sócio da gestora Mauá Sekular. 

Eletrobras pode perder R$ 600 com impasse da Aneel
Eletrobras pode perder R$ 600 milhões diante de um impasse criado na liquidação de janeiro do mercado de energia de curto prazo da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), informou o Valor.

A estatal, por meio de Itaipu e do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia), corre o risco de ter que desembolsar R$ 567,8 milhões por ter ficado na condição de devedora na liquidação de janeiro. A exposição ocorreu por uma conjuntura de mercado criada por uma brecha regulatória aberta pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Compra do Grupo Rede deve ser concluída até meio do ano
A aquisição das distribuidoras de energia do grupo Rede pelo consórcio formado pela Equatorial (EQTL3) e CPFL (CPFE3) deve ser concluída até junho, disseram fontes próximas as negociações ao Valor. Hoje, os advogados do grupo vão apresentar ao juiz da 2ª Vara de Falência de Recuperações Judiciais de São Paulo o plano de reestruturação da companhia.

O Rede controla oito distribuidoras espalhadas pelo país e que estão sob intervenção da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desde setembro. 

Embraer diz que interrupção de contrato com EUA é padrão
A interrupção temporária de negócio entre a Força Aérea dos Estados Unidos e a Embraer (EMBR3) é um procedimento padrão, afirmou ontem o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. O executivo disse que não houve cancelamento do contrato de venda das aeronaves Super Tucano. 

A resposta veio após a Força Aérea norte-americana emitir uma ordem de interrupção de trabalhos da Embraer e Sierra Nevada, vencedoras de uma licença para venda de aeronaves que serão usados pelos EUA no Afeganistão. A suspensão ocorreu depois que a concorrente Beechcraft Corporation contestou o resultado da licitação.