BC luta para parar alta do dólar, que chega a cair 1,4% nesta segunda

Moeda agora opera com queda de "apenas" 0,62%, após venda de contratos de swap cambial

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O Banco Central continua a tentar limitar a movimentação do dólar, desta vez contendo os avanços da moeda norte-americana. Depois da autoridade monetária anunciar uma operação de swap cambial tradicional, a moeda norte-americana chegou a cair 1,41%, chegando a atingir os R$ 2,10. 

Contudo, a moeda norte-americana mostrou alguma recuperação, e opera com queda de apenas 0,62% por volta das 13h50 (horário de Brasília), atingindo os R$ 2,12. Nesta sessão, o BC colocou cerca de 40.000 contratos de swap cambial tradicional, vendendo cerca de 21.800 contratos – em uma operação que movimentou US$ 1,089 bilhão.

Desta forma, o BC adianta o vencimento de parte do montante de US$ 1,875 bilhão em swap cambiais reversos, que venceriam na mesma data dos contratos vendidos hoje. Um swap tradicional equivale a uma futura venda de dólares, enquanto o reverso é uma compra futura de dólares. 

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A excessiva alta da moeda no ano prejudica muita gente: a inflação acelera com o aumento dos produtos importados e leva a Petrobras (PETR3PETR4) a registrar resultados piores, já que ela importa derivados de petróleo para suprir a demanda. A alta do dólar também atrapalha inúmeras companhias nacionais com dívida no exterior. 

No final de novembro, o BC já havia soltado instruções do que poderia intervir para derrubar a moeda. A situação, porém, deve permanecer a mesma pelos próximos meses. Guido Mantega, ministro da Fazenda, sinalizou que a moeda deverá continuar acima do patamar de R$ 2,00, e especula-se que a equipe do governo anseia por levar a divisa para a região dos R$ 2,30

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