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SÃO PAULO – A liderança da Ambev (AMBV4) durou pouco: um dia depois de ganhar o posto de empresa mais valiosa da Petrobras (PETR3; PETR4), a petrolífera volta a superar a fabricante de bebidas em valor de mercado. No fechamento desta quinta-feira (22), a estatal vale R$ 251,10 bilhões, enquanto a Ambev vale R$ 247,71 bilhões.
Isso ocorre após a queda de 0,70% das ações preferenciais da Ambev, acompanhada pelo declínio de 1,20% das ordinárias, fechando a R$ 84,80 e R$ 74,10, respectivamente. Já os papéis ordinários da Petrobras subiram 0,26%, para R$ 19,25, enquanto os preferenciais tiveram alta de 0,16% para R$ 18,65.
A liderança da Ambev gerou uma dúvida em diversas pessoas: faz sentido uma companhia que fabrica cervejas pode valer mais que um colosso do petróleo? “Se você olhar o business, não faz sentido nenhum, é um paradoxo muito grande”, afirma Carlos Müller, analista da Geral Investimentos. “Mas faz sentido na medida em que a Ambev tem uma gestão muito mais qualificada”, diz.
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Müller explica que o mercado prefere pagar um prêmio pela Ambev, mas que a petrolífera ainda é uma companhia maior – e é natural que ela volte a ser a mais valiosa do Brasil, embora a Ambev tenha muito mérito de conseguir “chegar perto” da estatal.
Conforme as melhoras continuem a ocorrer na Ambev, e a política do governo, razão apontada por Müller para a expressiva perda de valor de mercado nos últimos anos, continue a impactar a Petrobras, o natural é que a fabricante de cervejas retome o posto de 1ª colocada.
A Ambev havia iniciado o ano como 3ª colocada, mas superou a Vale (VALE3; VALE5) em março. A mineradora, que agora ocupa a terceira posição, vale R$ 192,8 bilhões atualmente. Os dois grandes bancos privados brasileiros, Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) ocupam a 4ª e a 5ª colocação, com valor de mercado de R$ 137,6 e R$ 125,0 bilhões, respectivamente.
