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SÃO PAULO – Após seis anos consecutivos de queda, o rendimento mensal das mulheres empregadas na Região Metropolitana de São Paulo voltou a subir em 2004. O salário médio pago às trabalhadoras aumentou 2,5% em relação a 2003 e atingiu o valor de R$ 792.
Como a jornada semanal para mulheres ocupadas ficou em 39 horas no ano passado, os rendimentos femininos por hora corresponderam a R$ 4,74, quantia R$ 0,11 acima da verificada em 2003. Apesar da melhora, este montante representa apenas 77,9% do que ganharam os homens, cujo pagamento médio por hora chegou a R$ 6,09 em 2004.
Os dados foram divulgadas na última quarta-feira (2) pela Fundação Seade.
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Setor de Serviços registra maior aumento
A elevação da renda feminina na Região Metropolitana de São Paulo decorre, principalmente, do comportamento dos setores de Serviços e Comércio, que ampliaram os salários referentes às mulheres no ano passado em 3,6% e 0,9%, respectivamente.
Além de incrementar a renda de sua mão-de-obra feminina e pagar a melhor remuneração do mercado (R$ 6,26 por hora), o segmento de Serviços também é o que apresenta a menor discrepância entre valores destinados a trabalhadores e trabalhadoras, que recebem 98,3% dos rendimentos masculinos. No Comércio, esta relação é de 75,9% e os vencimentos médios não passam de R$ 3,31 por hora, os menores da região metropolitana de São Pauo.
A Indústria, por sua vez, registrou retração nos valores pagos a suas empregadas. Em 2004, os salários femininos do setor caíram 1,4%. A mesma variação negativa foi observada nos Serviços Domésticos (-2,3%). Cabe destacar que as mulheres que trabalham na indústria ganham apenas 61,9% dos salários dos homens.
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Maiores salários não minimizam desigualdade racial
Segundo o estudo realizado pela Fundação Seade, o incremento da remuneração feminina em 2004 não foi suficiente para reduzir a desigualdade dos salários pagos a trabalhadoras negras e não-negras.
No ano passado, o vencimento médio por hora das mulheres negras subiu R$ 0,08 e alcançou R$ 3. Este aumento, porém, foi menor que a expansão de R$ 0,17 registrada entre as ocupadas não-negras, cujo rendimento médio por hora chegou a R$ 5,76 em 2004. Ou seja, a diferença entre as duas remunerações/hora cresceu de R$ 2,67 para R$ 2,76.