Reajuste de salário é maior para presidentes de empresas, diz pesquisa

Vencimentos de quem está no topo da pirâmide aumentaram 11,7% em 2005, enquanto alta para <i>staff</i> foi de apenas 6,4%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os percentuais de reajustes salariais realizados no meio corporativo brasileiro em 2005 foram relativamente proporcionais ao nível hierárquico do profissional, segundo revela a 22ª edição da pesquisa Altexec, realizada pela empresa de consultoria Mercer.

A sondagem mostra que os vencimentos dos presidentes de companhias aumentaram este ano, em média, 11,7%, enquanto os empregados considerados de staff obtiveram os menores ganhos salariais no período, de apenas 6,4%. Diretores e vice-presidentes, por sua vez, conseguiram correções de 7,8%, e supervisores ou coordenadores elevaram sua remuneração em 7,5%. Vale dizer que a inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) nos 12 meses encerrados em abril deste ano foi de 9,3%.

Entre os presidentes, o salário médio apurado pela pesquisa em 2005 é de R$ 59,544 mil, sendo que os dez maiores vencimentos deste nível hierárquico ficam próximos de R$ 113,028 mil mensais.

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Outros benefícios

Os cargos mais graduados das grandes empresas em operação no Brasil também recebem vários benefícios, além do salário propriamente dito. De acordo com a pesquisa da Mercer, 94% dos presidentes ganham automóveis ou bônus e descontos para sua aquisição. Levando-se em conta os vice-presidentes e gerentes, esta parcela é de 91%, e entre os gerentes sêniors, de 79%.

Outros benefícios recorrentes nas companhias, independente do nível hierárquico dos funcionários, são a oferta de planos de previdência privada, realizada em 77% do universo analisado, e a concessão de planos de assistência médica, prática observada em 100% dos negócios.

A pesquisa Altexec analisou 232 empresas em atividade no Brasil que, juntas, faturam cerca de US$ 158 bilhões, ou 26% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Nestas companhias foram apuradas as folhas de pagamento de 150 mil profissionais, dos quais a maioria em cargos de staff (118 mil) e apenas 140 no topo da pirâmide.