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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pelo Grupo Catho e divulgada nesta semana mostra que os executivos não têm negociado muito na hora de aceitar um novo emprego. Curiosamente, isto tem acontecido tanto com quem está empregado, e busca uma nova colocação, quanto com os desempregados.
O estudo, chamado “A Contratação, a Demissão e a Carreira do Executivo Brasileiro – 2005”, foi elaborado com 31 mil executivos entre os meses de maio e julho. Confira os resultados.
Poucos negociam
Ao analisar os recém-contratados, a pesquisa aponta que 81,9% dos que estavam desempregados aceitaram a proposta inicial de trabalho sem discutir e sem negociar. Já entre os que estavam empregados, 71,8% concordaram com as condições apresentadas, sem negociação.
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Considerando aqueles que optaram por questionar alguns pontos na primeira proposta, o resultado obtido por empregados e desempregados não foi muito diferente: os primeiros conseguiram aumentar seus salários em 22,9%, enquanto o outro grupo obteve uma correção levemente inferior: 20,3%.
A pesquisa analisou ainda a hierarquia do novo cargo assumido: 57,2% dos empregados conseguiram uma colocação superior. Já entre os desempregados, 44,4% conseguiram uma ocupação de nível hierárquico superior ao último cargo ocupado.
No salário, empregados levam vantagem
Já quando o assunto é remuneração, a diferença fica um pouco maior na hora de negociar: 65,8% dos empregados conseguiram um salário superior à ocupação atual, enquanto 34,4% dos desempregados tiveram este mesmo resultado.
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Analisando os dados obtidos, Thomas Case, coordenador da pesquisa, faz alguns alertas para quem está à procura de emprego. Para os executivos empregados, o cuidado com a carreira indica que “não se deve mudar de colocação sem ter um cargo hierarquicamente maior e com um salário em torno de 34% superior ao salário atual”.
Para empregados e desempregados, a pesquisa apresenta, como conclusão, a mensagem de que é prudente não aceitar a oferta inicial de emprego e tentar negociá-la. “Um pouco de negociação pode aumentar o seu padrão de vida e salário em aproximadamente 20%”, destaca.