Oi teria aprovado venda bilionária; imposto sobre bebidas, antiga OGX e mais 6 agitam 6ª

Segundo o jornal O Globo, o governo condicionou uma nova ajuda ao setor elétrico no valor de R$ 3 bilhões à aprovação da mudança na LDO; justiça confirma homologação do plano de recuperação judicial da OGPar

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A semana acaba com um cenário bastante movimentado no mundo corporativo. O destaque fica para a Oi (OIBR4): segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, o Conselho da companhia aprovou a venda de US$ 9,2 bilhões de ativos da Portugal Telecom para Altice. 

A Altice bateu uma oferta rival dos fundos de private equity Apax e Bain, e agora irá adicionar outro país ao seu portfólio de empresas de serviços móveis e a cabo na França, Israel e República Dominicana, entre outros. Controlada pelo bilionário empresário franco-israelense Patrick Drahi, a Altice completou sua aquisição de maior porte recentemente através da compra pela sua subsidiária francesa Numericable, de serviços a cabo, da operadora de telefonia móvel SFR.

O acordo com a Oi marca o desenrolar efetivo da malfadada fusão com a Portugal Telecom, que foi fundamentalmente afetada após o lado português perder centenas de milhões de euros no escândalo bancário da família Espírito Santo no país.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A Altice já possui duas empresas a cabo de pequeno porte em Portugal. A compra da PT Portugal, antigo monopólio estatal, irá posicioná-la em um posto privilegiado para competir com Vodafone e Optimus. A companhia vai usar caixa e novas dívidas para financiar a oferta.

Vale
A mineradora Vale (VALE3;VALE5) deverá vender uma fatia de seu projeto de carvão Moatize, em Moçambique, para a trading de commodities japonesa Mitsui & Co, disseram duas fontes próximas ao tema a agência Reuters.

Sob os termos da venda, a Mitsui irá comprar da Vale 15 por cento da mina por cerca de 450 milhões de dólares, afirmou uma das fontes.

Continua depois da publicidade

A mesma fonte acrescentou que a trading japonesa terá uma participação de 50 por cento nos projetos ferroviário e portuário, sob condição de contribuir com os custos de investimento futuros.

A Vale, que tem sido afetada por uma dramática queda no preço do minério de ferro, sua principal fonte de lucro, afirmou há um ano que pretendia vender de 15 a 25 por cento de seus ativos de carvão, que estão espalhados entre Austrália e Moçambique.

Naquela época, analistas avaliaram as operações de carvão da companhia brasileira em cerca de 4 bilhões de dólares.

Continua depois da publicidade

Moatize, uma das maiores minas de carvão metalúrgico do mundo, era considerada de longe o melhor ativo do portfólio da Vale.

Mas encontrar compradores no mercado não tem se mostrado uma tarefa fácil. Os preços do carvão estão recuando de forma constante há mais de três anos, enquanto que a demanda não tem sido capaz de acompanhar o ritmo do aumento da produção.

No mês passado, os contratos futuros europeus de carvão caíram para 69,60 dólares a tonelada, o nível mais baixo desde 2007.

Publicidade

A Mitsui não quis comentar o assunto. A Vale não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. 

Hoje, a companhia promoverá o Vale Day com analistas e investidores em Londres, com webcast a partir das 10h15 (horário de Brasília). 

Ambev
Uma notícia do Valor Econômico pode mexer com as ações da Ambev (ABEV3) na sessão desta sexta-feira. Segundo o jornal, o novo modelo de tributação de bebidas frias, já acordado entre o governo e as empresas, aumentará a carga do setor em 10% em 2015 e uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão em 2015. 

Continua depois da publicidade

Energia
Segundo o jornal O Globo, o governo condicionou uma nova ajuda ao setor elétrico no valor de R$ 3 bilhões à aprovação da mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2014, que o libera de fazer superávit primário em 2014.

O Tesouro Nacional poderá destinar mais este valor para cobrir o rombo financeiro das distribuidoras do setor elétrico até o fim do ano, caso a mudança na lei se confirme. O texto básico do projeto foi aprovado pelo Congresso na madrugada desta quinta-feira, mas falta votar um destaque e a tramitação continua na terça-feira. 

A cifra de R$ 3 bilhões equivale ao saldo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) que o governo reservou para o superávit e, com o fim da exigência, o governo poderá salvar o caixa das distribuidoras que teriam de lançar mão de recursos de seu próprio caixa para honrar a despesa. 

Publicidade

Leilão de energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promove hoje às 10h o ‘Leilão A-1’, para compra de energia gerada por empreendimentos já existentes.

Os contratos terão períodos de suprimento distintos, com início em 1 de janeiro de 2015 e término em 31 de dezembro de 2017 (disponibilidade e quantidade) e início em 1o de janeiro de 2015 e término em 31 de dezembro de 2019 (somente para o produto quantidade).

A energia negociada será objeto de Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) na modalidade por disponibilidade, para fonte termelétrica, inclusive biomassa, e por quantidade, para outras fontes energéticas.

O contratos serão negociados em três produtos: CCEAR na modalidade por disponibilidade de energia elétrica, para empreendimentos termelétricos, com prazo de suprimento de três anos, CCEAR na modalidade por quantidade de energia elétrica, para as demais fontes energéticas, com dois diferentes prazos de suprimento: três anos e cinco anos. Todos os CCEAR têm início de suprimento previsto para 1º de janeiro de 2015.

OGpar 
A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro confirmou que foi homologado o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores da Óleo e Gás Participações (OGXP3).

Por dois votos a um, os desembargadores aprovaram a homologação, estendendo aos credores ausentes da assembleia que aprovou o plano o direito de questionar futuramente a suspensão da “put” (opção de venda) que obrigava o fundador da empresa, Eike Batista, a injetar ate US$ 1 bilhão na companhia.

A decisão da 14ª Câmara Cível confirma o plano e muda a cláusula da “put”. Apenas os credores que votaram favoravelmente ao plano perdem o direito de questionar futuramente a suspensão da “put”. Assim, os que votaram contra e os ausentes mantêm esse direito.

Prumo
A Prumo (PRML3) assinou contrato com Marca Ambiental para aluguel de área por 12 anos no Porto de Açu.

O cais de 100 metros será composto por dois berços e terá capacidade para receber navios do tipo PSVs (Platform Supply Vessels) de comprimento de até 90 metros. 

Duratex
A Duratex (DTEX3), empresa de insumos para a construção civil, informou nesta quinta-feira a assinatura de contrato de associação entre sua subsidiária Duratex Florestal e a Usina Caeté para o plantio de florestas de eucalipto em Alagoas.

O negócio tem investimento conjunto de 12 milhões de reais ao ano, nos próximos seis anos. O plantio será realizado em um total de 13.500 hectares, em áreas arrendadas.

A sociedade a ser constituída após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) terá prazo de 39 anos e cada um dos sócios terá 50 por cento de participação no capital social votante.

A Usina Caeté pertence ao Grupo Carlos Lyra, que atua no setor sucroenergético brasileiro.

 (Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.