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SÃO PAULO – Entre Petrobras (PETR3; PETR4) e uma microcap que vem chamando atenção nos últimos dias, o pregão desta terça-feira (24) contou com uma série de destaques.
Entre os “pesos-pesados” da Bovespa, a petroleira estatal derreteu nesta tarde depois de chegar a subir mais de 3% no intraday com notícia de mais desembolsos nos próximos anos, enquanto a Vale (VALE3, -1,37%, R$ 28,71; VALE5, -1,41%, R$ 25,80) amargava perdas por volta das 16h30 (horário de Brasília) em meio às perspectivas de que o mercado global caminha para um excedente de minério de ferro, em um momento em que grandes mineradoras como Rio Tinto e a BHP Billiton aumentam sua produção.
Do lado das micro e small caps, a All Ore (AORE3, +28,57, R$ 0,54) seguia para sua quarta sessão consecutiva de ganhos, acumulando no período valorização de impressionantes 292,86%. Enquanto isso, a OSX Brasil (OSXB3) recuou 3,64%, a R$ 0,53 neste pregão, com a notícia de que a Caixa Econômica Federal, uma das maiores credores da empresa, com R$ 461,4 milhões a receber, questiona pontos da recuperação judicial do grupo de Eike Batista.
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Confira os destaques:
Petrobras (PETR3, -2,67%, R$ 16,79; PETR4, -3,61%, R$ 17,64)
A petroleira estatal, que chegaram a subir mais de 3% hoje, viraram para forte queda nesta tarde depois de notícia de mais um desembolso da Petrobras. O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou a contratação direta pela Petrobras do petróleo excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, de acordo com representantes do governo federal ouvidos pela Reuters. A Petrobras pagará R$ 2 bilhões este ano em bônus para ter direito de explorar o óleo nas áreas de Búzios, entorno de Iara, Florim e nordeste de Tupi.
A notícia preocupa, uma vez que uma companhia que precisa de reajuste de combustível para realizar investimentos vai necessitar agora fazer mais um desembolso para a União, seu maior acionista, comentou a XP Investimentos. Pelo comunicado da estatal, além dos R$ 2 bilhões deste ano, a Petrobras vai pagar mais R$ 2 bilhões em 2015, R$ 3 bilhões em 2016, R$ 4 bilhões em 2017 e R$ 4 bilhões em 2018.
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Marfrig (MRFG3, -5,49%, R$ 5,49)
Ainda no campo negativo, as ações da Marfrig aparecem como a maior queda do Ibovespa. Essa é a quarta queda consecutiva da empresa na Bolsa. O movimento ocorre depois da ação ter conquistado o posto de maior alta de maio e figurar entre as melhores até o meio de junho.
BB Seguridade (BBSE3, +3,83%, R$ 32,51)
Por sua vez, as ações da BB Seguridade registram forte alta. O conselho da companhia, grupo segurador do Banco do Brasil (BBAS3), aprovou a adoção de um índice de 80% sobre o resultado apurado no primeiro semestre de 2014 para remuneração aos acionistas, conforme ata da reunião realizada em 13 de junho e divulgada nesta terça-feira.
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Educação
No mesmo sentido, as empresas do setor de educação registram fortes ganhos, com destaque para a alta dos papéis da Anhanguera (AEDU3, +4,47%; R$ 17,91). Enquanto isso, a ação da Anima (ANIM3, +1,89%, R$ 29,70) sobe cerca de 2%, enquanto Kroton (KROT3, +2,59%, R$ 61,35) e Estácio (ESTC3, +2,53%, R$ 29,63) têm ganhos maiores neste pregão.
O noticiário é bastante positivo para o setor. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o governo federal anunciará no segundo semestre a abertura de crédito educativo para 25 mil alunos de pós graduação. O Fies (Fundo de Financiamento Estudantial) da pós é uma das apostas é uma das apostas para ampliar o acesso, como ocorreu na graduação.
Já o jornal Valor Econômico destacou em reportagem de hoje que a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação) deve levar a uma maior pressão para que o Fies seja estendido a cursos de graduação de ensino a distância. Atualmente, a política federal de acesso ao ensino superior atende apenas alunos matriculados em cursos presenciais.
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Copel (CPLE6, -0,24%, R$ 32,80)
Já a Copel virou para queda ainda nas primeiras horas de pregão após ter atingido ganhos acima de 3% depois que o governador do Paraná, Beto Richa, pedir pela suspensão do reajuste tarifário da empresa, por meio de sua conta oficial no Twitter. Confira mais informações clicando aqui. O comentário ocorreu após a Aneel ter aprovado um aumento de 35,05% nas tarifas da companhia, acima do pleiteado pela Copel duas semanas antes, de 32,4%.
No ano passado, a agência reguladora do setor de energia havia autorizado um reajuste de 14,61% em média, mas o governo do Paraná optou por aplicar um valor menor, de 9,55%.
Por outro lado, as ações da Eletropaulo (ELPL4, +2,86%, R$ 10,78) seguiam em forte alta, na esteira da aprovação do reajuste pela agência. Na próxima semana, será a vez da Aneel decidir sobre o reajuste da empresa paulista. No mais, outras distribuidoras, CPFL Energia (CPFE3, +0,95%, R$ 20,20) e Cemig (CMIG4, +0,84%, R$ 17,96), pedem correções de dois dígitos na conta de luz para repor as despesas com aquisição de energia e acionamento de usinas térmicas.
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B2W (BTOW3, -5,14%, R$ 28,41)
As ações da B2W inverteram o sentido nesta tarde e passaram a cair forte depois de chegar a subir 1,60%, a R$ 30,43, na máxima do dia. Apesar do movimento, os papéis da companhia foram rebaixados pelo UBS. A recomendação do banco de investimentos passou de compra para neutra. Depois de terem subido mais de 40% do fim de maio até 11 de junho, as ações da varejista online acumulavam queda de 9% até a véspera. Hoje é a primeira alta depois de dois pregões consecutivos no negativo.
All Ore (AORE3, +28,57%, R$ 0,54)
As ações da micro cap All Ore, companhia pré-operacional criada em 2008 e voltada para o setor de mineração, voltam a disparar neste pregão, chegando na máxima de 78,57% no dia de hoje. Esse é a quarta sessão de ganhos, período que acumula valorização de 292,86%.
Na quarta-feira passada, a BM&FBovespa indagou a companhia acerca do motivo desta disparada. A All Ore, por sua vez, manifestou-se dizendo que desconhece qualquer fato que possa justificar as oscilações, mas que interpreta a movimentação “como ajuste natural dos preços após o recente leilão de venda realizado por um investidor minoritário”, realizado em maio e que culminou na derrocada de mais de 90% no preço das ações.
Em 22 de maio, a All Ore tomou conhecimento de um edital de leilão a ser realizado no dia 26 de maio envolvendo 6 milhões de ações da companhia ao preço de R$ 0,01 – isto mesmo, um centavo. Como os papéis estavam cotados a R$ 1,00 na Bovespa até o dia 20, a notícia provocou uma derrocada no mercado, com os ativos AORE3 chegando a valer R$ 0,07 no dia 26 – configurando queda de 93% em apenas 4 pregões.
Concessionárias
As concessionárias de rodovias têm pregão positivo nesta sessão. As ações da Ecorodovias (ECOR3, +1,92%, R$ 15,40) e CCR (CCRO3, +0,98%, R$ 18,51) operam em alta. No radar, estão as negociações do governo estadual de São Paulo com as concessionárias das rodovias paulistas sobre um reajuste nas tarifas de pedágio. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tenta convencer as empresas a fixar o reajuste abaixo da inflação. Até a tarde de ontem o índice do aumento ainda não tinha sido definido. A decisão deve sair até a próxima sexta-feira, 27, e a cobrança deve começar a partir do dia 1° de julho. Segundo a XP Investimentos, se o reajuste vier abaixo da inflação pode impactar negativamente as ações do setor.
Forjas Taurus (FJTA4, -1,98%, R$ 0,99)
A fabricante de armamentos Forjas Taurus vê suas ações caírem forte neste pregão. A empresa informou na véspera que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) rejeitou o pedido da produtora de munições CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) de exercício de direitos políticos relacionados à compra de ações da empresa. No fim de maio, a Taurus divulgou que a CBC tinha elevado sua participação na companhia de 5,68% das ações ordinárias para 16,8%. Ontem, as ações da companhia caíram 1,94%.
Lupatech (LUPA3, -1,64%, R$ 0,60)
As ações da Lupatech operam em queda hoje. A fabricante de componentes para a indústria de petróleo e gás informou ontem que decidiu prorrogar mais uma vez o prazo para adesão dos credores detentores de bônus perpétuos da empresa ao plano de reestruturação da companhia. Com a decisão, o prazo foi estendido para 31 de julho.
MMX Mineração (MMXM3, -1,62%, R$ 2,43)
A MMX Mineração vê suas ações caírem no dia da divulgação do resultado do primeiro trimestre. Ontem, a mineradora confirmou a divulgação do balanço para hoje, mas alterou a teleconferência sobre os números para a próxima quinta-feira (26), antes na quarta-feira, já que amanhã foi decretado feriado no Rio de Janeiro devido ao jogo entre Equador e França pela Copa do Mundo.
Abril Educação (ABRE11, -1,47%, R$ 34,15)
As units da Abril Educação operam em queda neste pregão. A empresa informou que seu conselho de administração aprovou ontem a eleição de Mario Ghio Junior como diretor-presidente em substituição a Manoel Luiz Ferrão Amorim. As mudanças ocorrem após o acordo para a entrada da gestora Tarpon Investimentos (TRPN3, +0,39%, R$ 12,75) no bloco de controle da empresa, anunciado no início de junho.
