Alheias ao rali: imobiliárias caem forte com expectativa de 1° tri fraco

Segundo relatório do Morgan Stanley, Carnaval pode ter custado mais para as companhias do setor do que os quatro dias de festividades

Paula Barra

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SÃO PAULO – Contra a tendência das principais ações da Bolsa nesta quinta-feira, as ações do setor siderúrgico operam em forte queda. Pelo que parece, o Carnaval pode ter custado mais para essas companhias do que os quatro dias de festividades, ao menos é o que sugere um relatório do Morgan Stanley divulgado hoje. 

“Alienadas” à disparada da Bovespa, as ações da PDG Realty (PDGR3, -2,11%, R$ 1,39), Rossi (RSID3, -0,63%, R$ 1,57), MRV Engenharia (MRVE3, -2,13%, R$ 7,35) e Brookfield (BISA3, -0,68%, R$ 1,46) aparecem entre as poucas quedas do Ibovespa às 16h20 (horário de Brasília). Das 72 ações do índice, apenas 9 registram quedas. Fora do benchmark, caem também no setor as ações da Lopes Brasil (LPSB3, -3,04%, R$ 12,42) e Direcional (DIRR3, -0,18%, R$ 10,83).

Segundo relatório do Morgan Stanley, assinado pelos analistas Rafael Pinho e Jorel Guilloty, o impacto dos lançamentos das imobiliárias vai se estender mais do que o usual para além dos quatro dias do feriado de Carnaval, impactando os números dessas empresas no primeiro trimestre de 2014. Eles destacam principalmente o volume de vendas contratadas da Lopes e BR Brokers (BBRK3), que devem mostrar forte queda no período.

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De acordo com os analistas, Gafisa, PDG e Rossi até estão indo na direção certa, mas ainda há muito trabalho a fazer. Eles também esperam impacto negativo na geração de caixa no início deste ano, especialmente em empresas expostas ao programa do governo Minha Casa, Minha Vida.