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SÃO PAULO – O escritório de advocacia norte-americano McDermott Will & Emery está organizando um grupo para representar os credores minoritários da Óleo e Gás Participações (OGXP3), antiga OGX Petróleo, após os investidores ficarem de fora das negociações sobre a reestruturação, conforme informações obtidas pela Bloomberg.
De acordo com o e-mail obtido pela Bloomberg, o escritório de advocacia ressalta que o plano acordado entre a OGX e o comitê dos principais detentores de títulos levará a um tratamento discriminatório para os minoritários. A expectativa é de que os majoritários irão deter 65% da nova empresa, enquanto os investidores que não participaram da conversa terão 25%.
Conforme afirmou o McDemortt, em e-mail obtido pela Bloomberg, os “detentores de títulos minoritários têm direito de participar do novo financiamento em base pro rata, em vez de serem excluídos”. O processo estaria em estágio preliminar e Tim Walsh estaria encabeçando o time que trabalha com os minoritários da OGX.
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No mês passado, a antiga OGX chegou a um acordo com credores, incluindo detentores da maior parte dos US$ 3,6 bilhões em títulos, para trocar títulos da dívida por uma fatia acionária de 90%. O acordo prevê a injeção de US$ 200 milhões para manter seu único campo de petróleo em operação. O Barclays ressalta que os credores que fizerem a maior injeção de capital irão obter, proporcionalmente, mais ações.
Conforme ressaltou o Barclays, os titulares de bônus da Óleo e Gás, antiga OGX Petróleo devem injetar mais dinheiro na companhia para a maximização dos preços de ações que irão receber como parte da oferta de swap. Em relatório para clientes repercutido pela Bloomberg, o banco destacou que o acordo entre os credores e Eike Batista realizado no último dia 24 de dezembro e que resulta na redução da fatia do empresário na petrolífera para 5%.
A estimativa é de que os principais detentores de títulos obtenham 66,7% da companhia, enquanto os restantes teriam uma fatia de 14,6%. Já a OSX Brasil (OSXB3) ficaria com uma participação de 6,5% e os fornecedores, de 2,2%, avalia o banco.