ArcelorMittal diz que reforma energética na Alemanha afetará investimentos

Na semana passada, o governo alemão aprovou um plano do ministro de Economia para reformar a maneira pela qual a Alemanha apoia a produção de energia renovável

Reuters

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FRANKFURT/DÜSSELDORF – A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, alertou que a proposta de reforma do setor de energia da Alemanha pode levar as empresas a reduzirem investimentos diante de maior dificuldade para se obter lucro na maior economia da Europa.

Na semana passada, o governo alemão aprovou um plano do ministro de Economia, Sigmar Gabriel, para reformar a maneira pela qual a Alemanha apoia a produção de energia renovável, incluindo exigências para que auto-produtores de eletricidade comecem a pagar encargos.

“Ninguém está dizendo que vamos começar a fechar unidades amanhã”, disse Frank Schulz, chefe dos negócios da ArcelorMittal na Alemanha, à Reuters. “Mas se as ameaças se tornarem mais concretas agora, empresas elevarão a cautela sobre investimentos.”

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Schulz disse que a reforma implicaria em 30 milhões de euros (40,7 milhões de dólares) de custos operacionais por ano nas quatro usinas da ArcelorMittal, que empregam cerca de 8 mil pessoas e deram prejuízo em 2012.

“Os planos de Gabriel têm que mudar”, disse Schulz, ecoando as críticas de outras empresas industriais operando na Alemanha, como a siderúrgica ThyssenKrupp e a gigante de produtos químicos Basf.