CEO da Petrobras e Bolsonaro se reúnem, Braskem pode adiar dividendo de R$ 2,7 bi e mais destaques

Confira os destaques do mercado na sessão desta terça-feira (16)

Equipe InfoMoney

(José Cruz/Agência Brasil)

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No Radar InfoMoney desta terça-feira (16) destaque para a Petrobras com reunião do CEO com Bolsonaro, Sabesp com MP que altera as regras do setor de saneamento, Braskem por liminar que suspende dividendos e construtoras com as prévias operacionais.

Petrobras (PETR3;PETR4)

As atenções estão voltadas para o encontro, às 16h30, no Palácio do Planalto entre o presidente Jair Bolsonaro e o CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco; o diretor-geral da ANP, Décio Oddone; os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da Casa-Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo o Estadão, o governo pretende alterar a política de preços da Petrobras e uma das propostas apresentadas é a de redução da autonomia gerencial de comercialização da companhia para conceder o reajuste do diesel.

Ontem, após reunião com Lorenzoni, Castello afirmou que nenhuma decisão sobre manter ou não o reajuste foi tomada, mas acrescentou que a empresa é “livre” e que “tem vida própria”. Segundo a publicação, uma nova metodologia para o cálculo está sendo avaliada. O problema do mecanismo em estudo é que se o preço cair e a Petrobras não acompanhar, a empresa perde mercado para importadores.

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O Globo ressalta que o governo deverá anunciar crédito e obras para evitar nova greve dos caminhoneiros e que Bolsonaro ainda não decidiu se vai ou não liberar o reajuste. O pacote poderia incluir locais de repouso nas estradas, melhoria da infraestrutura de rodovias, uma linha de crédito do BNDES e o aumento da fiscalização do cumprimento da tabela de frente. O jornal Valor Econômico que uma das alternativas do governo seria o lançamento do “cartão caminhoneiro”, para a compra de diesel subsidiado.

Segundo a coluna do Broadcast, a Caixa pode adiar a oferta de ações (fallow on) da Petrobras, com os papéis que a instituição financeira têm em carteira. Com a intervenção de Bolsonaro no reajuste do preço do combustível, a receita potencial de venda da participação caiu em cerca de R$ 900 milhões, reduzindo a oferta a R$ 8,4 bilhões. A operação deverá aguardar um momento mais favorável em termos de valor de mercado da petroleira.

Sabesp (SBSP3)

O Valor destaca que o plano do Estado de São Paulo de privatização da Sabesp deve ganhar tração com as mudanças que o governo Bolsonaro irá propor hoje ao Congresso, por meio da MP que altera as regas do setor de saneamento básico. O principal ajuste no texto original publicado em dezembro, pelo ex-presidente Michel Temer, é a tentativa de tornar mais equilibrada a concorrência entre empresas privadas e estatais, geralmente estaduais, de água e esgoto. Na versão original, todas as prefeituras precisavam abrir chamadas públicas para a contratação de novos serviços, o que provocava uma situação problemática, pois o setor privado teria interesse apenas por municípios mais rentáveis, deixando as localidades deficitárias nas mãos das estatais.

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Braskem (BRKM5)

O pagamento do dividendos da Braskem pode ser adiado diante de uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que determinou a suspensão da análise da distribuição dos proventos, de cerca de R$ 2,7 bilhões, na AGO prevista para amanhã. Segundo o Valor, caso a proposta não seja votada amanhã, um nova convocação para 30 dias deverá ser convocada. A suspensão foi determinada pela justiça até que o mérito de um recurso apresentado pelo MPE e pela defensoria seja apresentado. A causa se refere ao afundamento do solo em três bairros de Maceió.

Kroton (KROT3)

Uma liminar que despejava a Kroton de seis prédios em São Bernardo, Osasco e São Paulo foi concedida e logo depois cassada. A disputa se refere ao montante de R$ 45 milhões em alugueis acordada entre a Kroton e Uniban, por conta de uma operação de fusão em 2014. A negociação foi feita com a Anhanguera, que posteriormente foi adquirida pela Kroton.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil anunciou ontem a indicação de Waldery Rodrigues Júnior para o lugar de Luiz Fernando Figueiredo, que nem chegou a assumir a posição. O fato de Figueiredo ser socio-fundador da Mauá Capital ligou o alerta em relação a possíveis conflitos de interesse, já que alguns fundos da gestora podem ter exposição a ações do BB, segundo informações do Broadcast. 

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Gafisa (GFSA3)

A Gafisa informou que o aumento de capital da companhia até o limite de 71 milhões de ações será subscrito ao preço de R$ 6,02, o que leva a operação a movimentar R$ 160 milhões. A Gafisa anunciou ontem ainda que o conselho da companhia aprovou uma emissão de até R$ 40 milhões em debêntures. Após não conseguir aprovar ontem um aumento de capital para até 120 milhões de ações, a empresa convocou uma nova AGE para o dia 23 de abril. A construtora indicou ontem Nelson Tanure como novo conselheiro da companhia.

Eztec (EZTC3)

A Eztec registrou vendas líquidas de R$ 302 milhões no primeiro trimestre deste ano, representando uma alta de 6% ante o mesmo período do ano passado. Os distratos recuaram 16%, no décimo sexto trimestre consecutivo de redução no indicador. A Ezetec lançou três empreendimentos no período e adquiriu uma fatia adicional em um quarto empreendimento.

Even (EVEN3)

A Even registrou vendas líquidas de R$ 505 milhões no primeiro trimestre, uma alta de 156% na comparação com igual intervalo de 2018. Foram lançados quatro empreendimento pela incorporadora no período.

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Sanepar (SAPR11)

A Sanepar informou que a agência reguladora do Paraná (Agepar) fixou o reajuste tarifário da companhia em 12,12% para este ano, a ser aplicado nas contas de água e esgoto.

IPO da Centauro

O grupo SBF, dono da rede de lojas de artigos esportivos Centauro, conseguiu captar R$ 772,2 milhões na primeira abertura de capital da Bolsa paulista neste ano. Suas ações foram precificadas, na oferta pública inicial, a R$ 12,50 cada.

Essa não é a primeira vez que a dona da Centauro tenta listar suas ações. No início do ano passado, a companhia optou por adiar a operação após não chegar a um consenso com os investidores. A Centauro vai utilizar os recursos para abrir novas lojas, reformar as atuais e amortizar sua dívida. A captação também visa a reforçar o capital de giro e o investimento em diferentes canais de venda.

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(Agência Estado e Bloomberg)

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