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SÃO PAULO – O preço dos futuros de minério de ferro negociados na China atingiu sua máxima em torno de um ano na madrugada desta quarta-feira (30), em meio a temores de que o acidente em uma barragem da Vale na semana passada tenha impacto maior do que inicialmente esperado nas operações da mineradora brasileira.
Por volta da 1h20 (de Brasília), o futuro de minério de ferro para entrega em julho negociado na Bolsa de Dalian subia cerca de 2%.
Soma-se a isso o anúncio do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, de que a empresa vai acabar com 10 barragens, como a que se rompeu em Brumadinho. Segundo ele, essas barragens serão descomissionadas.
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O projeto para descomissionar as barragens está pronto e será levado para os órgãos federais e estaduais em 45 dias. Segundo Schvartsman, o prazo para executar as ações é de no mínimo um ano e no máximo 3 anos e a Vale estima que serão aplicados cerca de R$ 5 bilhões para efetivar o plano.
A medida vai reduzir a produção em 40 milhões de minério de ferro e 10 toneladas de pelotas por ano, o que representa 10% da produção da empresa ao ano.
Com a notícia, os ADRs da Vale tinham alta de 4,36% por volta de 8h25 (de Brasília). A disparada chegou a quase 10% também após o Goldman Sachs elevar previsão para o preço para US$ 80, com o produto podendo atingir mais de US$ 100 em cenários de corte ainda mais severo da produção.
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Investidores acreditam que inspeções de segurança em outras barragens da Vale levarão a fechamentos que poderão afetar os embarques de minério de ferro da empresa, a maior parte dos quais tem a China como destino.
(Com Agência Estado e Agência Brasil)