Brasil é o 3o. maior exportador de produtos agrícolas

O Brasil assumiu o posto de 3º. maior exportador de produtos agrícolas, sendo superado apenas pela União Europeia e os Estados Unidos, aponta o “Relatório Estado de Mercados de Commodities Agrícolas 2018”, divulgado nesta semana pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).De acordo com o documento, a participação brasileira nas exportações de […]

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O Brasil assumiu o posto de 3º. maior exportador de produtos agrícolas, sendo superado apenas pela União Europeia e os Estados Unidos, aponta o “Relatório Estado de Mercados de Commodities Agrícolas 2018”, divulgado nesta semana pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Brasil aumentou sua participação no comércio agrícola mundial (Foto: Ivan Bueno)

De acordo com o documento, a participação brasileira nas exportações de produtos agrícolas saltou de 3,2% em 2000 para 5,7% em 2016. O Brasil também é citado no trabalho por ter ganhado maior importância em mercados agrícolas mundiais como parte das economias emergentes, ao lado da China, da Índia, da Indonésia e da Rússia.

Segundo o estudo, a principal razão para o incremento do comércio de produtos da agricultura foi o crescimento econômico global, marcado pela subida para o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) mundial desde 2000. Conforme o relatório da FAO, o valor do comércio agrícola mundial aumentou mais que o triplo em 15 anos. A melhora global foi de US$ 570 bilhões em 2000 para US$ 1,6 trilhão em 2016. O documento assinala que, a cada ano, o comércio de produtos agrícolas subiu mais de 6% em nível global.

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Outros fatores, indica o trabalho, para o avanço do comércio agrícola incluem o crescimento da população, os avanços nos transportes, as tecnologias da informação e comunicação e as melhorias no acesso ao mercado. A produção global continuou aumentando para atender à demanda e ao comércio.

Desafios

O documento, entretanto, alerta para as implicações significativas das mudanças climáticas para a agricultura e a segurança alimentar. Fatores como aumento das temperaturas médias, mudanças no padrão de chuvas, subida do nível do mar, mais eventos climáticos extremos e possíveis danos causados por pragas e doenças devem afetar a produção. Os setores agrícola, da pecuária, da pesca e da aquicultura devem sofrer grande impacto.

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As regiões áridas e semiáridas serão expostas a menos chuvas e a temperaturas mais altas, que devem provocar perdas na agricultura. Já os países em áreas temperadas devem se beneficiar de um clima mais quente. Como resultado, a mudança climática pode acentuar as desigualdades já existentes e expandir ainda mais o fosso entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.