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SÃO PAULO – Após iniciar o dia em alta, o Ibovespa perdeu forças e opera praticamente estável, aos 83.880 pontos, às 11h12 (horário de Brasília) desta terça-feira (20), na expectativa pela “super-quarta”, dia que será marcado pelas reuniões de política monetária do Fed e Copom (Comitê de Política Monetária).
O índice chegou a bater os 84.394 pontos, impulsionado pela alta do petróleo que alcança mais de 1% de ganhos nesta manhã em em Nova York, aos US$ 63,15, e Londres, aos US$ 67,26. Contudo, a queda dos bancos Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3), levaram o mercado a reverter os ganhos vistos na primeira hora do dia.
Destaques
Seguindo a alta do petróleo, a Petrobras (PETR4) sobe nesta manhã. Por outro lado, a Suzano (SUZB3) recua após ganhos de quase 30% nos últimos dois pregões. Veja mais aqui.
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As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
SUZB3 | SUZANO PAPELON | 29,71 | -2,91 | +58,96 | 118,30M |
FLRY3 | FLEURY ON | 27,06 | -1,49 | -6,08 | 5,74M |
SBSP3 | SABESP ON | 37,94 | -1,25 | +10,52 | 5,57M |
HYPE3 | HYPERA ON | 36,53 | -1,14 | +4,13 | 4,96M |
LREN3 | LOJAS RENNERON | 34,14 | -1,04 | -3,80 | 12,55M |
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
QUAL3 | QUALICORP ON | 23,34 | +2,37 | -24,71 | 29,93M |
VVAR11 | VIAVAREJO UNT N2 | 28,13 | +1,22 | +14,96 | 14,60M |
PETR3 | PETROBRAS ON | 22,81 | +0,97 | +34,89 | 34,25M |
PETR4 | PETROBRAS PN | 21,13 | +0,96 | +31,24 | 168,62M |
SMLS3 | SMILES ON | 71,94 | +0,86 | -5,22 | 8,84M |
* – Lote de mil ações 1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) |
“Super-quarta”
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Ao mesmo tempo em que o mercado se recupera depois da sequência de queda, os investidores aguardam pela “super-quarta”. Às 15h00 teremos a decisão de política monetária do Fed, com o mercado já precificando o aumento da taxa de juros em 25 pontos-base, levando-a para o intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano. Com a alta já no preço, os investidores estarão de fato concentrados no primeiro discurso pós-reunião do novo presidente do Fed, Jerome Powell, como também as projeções econômicas dos membros do Fomc. Estes eventos serão importantes em vista das sinalizações sobre os próximos passos do Fed quanto ao ritmo de aumento da taxa de juros. Os economistas do Goldman Sachs apostam em aumento da projeção de alta de juros para este ano de 3 para 4, enquanto outros bancos acreditam na manutenção da projeção de 3 altas após dados mais fracos da economia.
Ainda na quarta-feira, às 18h00, será definida a taxa básica de juros pelo Copom. O mercado espera que haja um novo corte da Selic em 25 pontos-base, que levaria a taxa para 6,50% ao ano, na 12ª redução consecutiva. Todavia, o comunicado da autoridade monetária é que deve ganhar a atenção dos investidores, já que este pode indicar o ritmo da política monetária para as próximas reuniões. A expectativa do mercado é de que o Banco Central comece a ficar mais exigente sobre as condições que poderiam levar a um corte adicional na taxa de juros, ao mesmo tempo em que as expectativas sobre a inflação de 2019 ganham importância.
Para o próximo ano, os analistas esperam que o indicador fique em 4,2%, valor superior aos 3,6% que é a estimativa para 2018. A escalada da expectativa pela inflação do próximo ano pode afetar a política monetária do Banco Central, já que a autoridade tende a reagir à uma subida do indicador através da elevação da taxa de juros. Por conta disso, o comunicado pós-reunião será importante para entender quais serão os próximos passos da autoridade.
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Aguardando os eventos de quarta-feira, os juros futuros com vencimento em janeiro de 2019 operavam praticamente estáveis, cotados a 6,46%, enquanto que os com vencimento em janeiro de 2021 subiam 2 pontos-base, a 8,28%. Enquanto isso, os contratos futuros de dólar com vencimento em abril sobem 0,20%, aos R$ 3,295.
Agenda econômica
Em dia de agenda de indicadores fraca, o mercado fica de olho no primeiro dia das reuniões do Fomc e do Copom, que trarão decisão de política monetária na próxima quarta-feira. Nesta terça-feira, o Banco Central oferta até 14 mil contratos de swap para rolagem nesta terça, enquanto o Tesouro vai vender até 1,3 milhão de NTN-B, com resultado a partir das 11h45.
Ainda no noticiário econômico, destaque para a nota do Valor Econômico de que os secretários-executivos do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Paulo Pedrosa afirmaram que, caso não sejam alçados ao cargo de ministro em suas respectivas áreas, com a provável saída de Henrique Meirelles (PSD) e Fernando Coelho Filho (sem partido) para disputar as eleições, eles não pretendem mais continuar no governo.
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IMTV
Na InfoMoney TV, o programa “Mundo Bitcoin” recebe a partir das 14h15 o especialista Courtnay Guimarães, que irá falar sobre como o blockchain está revolucionando o mundo todo. Ele explicará uma pouco sobre o que é está tecnologia que guia as criptomoedas e ainda trará novidades de aplicações e sua pesquisa de classificação de blockchains.
Notícias do dia
O STF (Supremo Tribunal Federal) realizará nesta terça, reunião dos ministros do tribunal para discutir a questão da prisão após condenação em segunda instância. O encontro será no gabinete da presidente do STF, Cármen Lúcia, que tem resistido a pautar um novo julgamento dessas ações e do habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda-feira, Gilmar Mendes negou habeas corpus coletivo apresentado por dez advogados do Ceará contra prisão após 2ª instância.
Em nota, a consultoria de risco Eurasia apontou que a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ser cada vez mais provável, dada a resistência do STF para colocar em discussão casos envolvendo prisões após a decisão dos tribunais de apelação. Contudo, se Lula for preso, há chance de que ele seja solto no fim deste ano, já que o STF continua a deliberar mudanças na interpretação da Constituição sobre as penas de prisão antes de todos os recursos legais estarem esgotados, afirmam os analistas. De qualquer forma, as chances de Lula ser desqualificado da eleição presidencial são muito altas e aumentariam ainda mais se os tribunais negarem uma liminar, ainda não arquivada, para suspender sua inelegibilidade.
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