A operação com opções da Vale que rendeu 1.500% em dois pregões

A operação foi aberta no pregão pré-feriado do dia 12 de outubro, quando as ações da mineradora vinham de uma forte correção; com a alta do minério nos dias que se seguiram, os "pozinhos" da companhia dispararam em poucos dias

Paula Barra

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SÃO PAULO – Vendo a possibilidade de uma forte reversão das ações da Vale (VALE3) no pregão que antecedeu o feriado de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12 de outubro, o analista técnico Gilberto Coelho, da Rico Investimentos, recomendou uma operação com opções da mineradora. A estratégia tinha um fator crucial que poderia rapidamente jogar por água abaixo o call: a proximidade com o vencimento de opções sobre ações. Mas não foi isso que ocorreu. Com a disparada do minério de ferro, negociado na China, essas opções explodiram mais de 1.500% em 2 pregões. 

A estratégia em questão tinha três motivações: uma forte correção das ações da Vale e do minério de ferro, que levou os dois ativos para perto de suportes gráficos no dia 11 de outubro; uma projeção de Fibonacci, que apontava que as ações da Vale poderiam chegar a alta de 10% no curto prazo; e a proximidade do vencimento de opções sobre ações, que normalmente traz velocidade aos contratos. 

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A operação foi aberta na quarta-feira do dia 11 de outubro, pré-feriado de Nossa Senhora Aparecida, no “Ponto a Ponto”, sala de trade ao vivo que o analista comanda diariamente na Rico. Na ocasião, ele indicou a compra das opções VALEJ340, cujo o preço de exercício era de R$ 32,48 e vencimento em 16 de outubro (o último dia para negociá-las, no entanto, era dia 13). No mesmo, dia as ações da Vale fecharam cotadas a R$ 31,10, ou seja, dando poucas chances de dar exercício naquele vencimento.

Giba, como é conhecido pelos quase 1.000 investidores que o seguem diariamente, comenta que a lógica era simples: “tenho em mente que, em um ano, cerca de dois a quatro exercícios geram ganhos de mais de 1.000%; quase 6 chegam a sair com 100%. Então, antes do vencimento, sempre vou atrás de padrões gráfico em Petrobras ou Vale que apontem para uma forte correção dessas ações no curto prazo”. 

Mas nem tudo são flores: o risco existe e é enorme, alerta. Por isso, ele recomendou para quem seguir o call que colocasse o dinheiro que aguentaria perder, pois se a operação não andasse no sentido projetado era isso que iria ocorrer, comenta. 

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Nessa operação, ele indicou a compra de VALEJ340 entre R$ 0,03 e R$ 0,04, mas disse que daria para o investidor entrar até os R$ 0,05. O alvo era em R$ 0,50. “Como havia feriado teríamos que acreditar que no feriado o minério iria subir forte na China e também na sexta. Dito e feito. A opção abriu a R$ 0,10 e antes do fechamento chegou atingiu os R$ 0,50. Na máxima do dia, o contrato bateu nos R$ 0,65”, comenta. 

Para quem seguiu à risca a recomendação – considerando entrada a R$ 0,03 e saída a R$ 0,50 – lucrou 1.566% em dois pregões. Usando como exemplo um investidor que tenha aplicado R$ 500,00 nessa estratégia, ganhou R$ 7.330,00, sem considerar os custos envolvendo a operação. 

Veja abaixo como funciona detalhadamente o “setup do bilhetinho”, como batizou Giba:

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Acompanhe as recomendações do analista no programa “Operações com Giba”, que vai ao todas as quartas-feiras às 18h30 na InfoMoneyTV.