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Fatos isolados não podem comprometer a reputação de todo um setor. Esta foi a principal mensagem emitida por diversas associações do agronegócio, nesta segunda-feira (20), em nova rodada de esclarecimentos acerca da “Operação Carne Fraca” da Polícia Federal, que investiga adulterações na produção de carnes [bovina, de frango, bem como embutidos] de diversos frigoríficos do País.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), os desvios de conduta em algumas unidades representam fração mínima da produção brasileira de proteína animal, devendo ser repudiados e combatidos. “A comunicação da operação policial ensejou generalizações, que tanto o governo federal quanto as entidades do setor estão esclarecendo aos consumidores brasileiros e mercado internacional”, disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Sérgio Turra.
Para o presidente da ABIEC, Antônio Jorge Camardelli, há uma grande tarefa conjunta de ambas as entidades, frente – nas suas palavras – a “esta crise desnecessária”. De acordo com as associações, se trata de uma irresponsabilidade colocar dúvidas sobre a qualidade da carne brasileira. “Eventuais restrições à importação de nossos produtos, além de representarem retrocesso de muitos anos, impactarão a economia e resultarão em perda de empregos e renda”, alertou Turra.
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A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) reiterou que a “Operação Carne Fraca” envolve um número mínimo de unidades de produção. “Pedimos que as averiguações sejam feitas com transparência, urgência e rigor. Alertarmos para que elas se façam dentro dos critérios técnicos, éticos e sejam divulgados os fatos que precisam ser corrigidos”, afirmou a entidade em nota.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) também defendeu apuração e punição exemplar dos envolvidos e reafirmou sua crença no trabalho do Ministério da Agricultura por meio do Sistema de Inspeção Federal (SIF) e outros instrumentos de controle.
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Por sua vez, o presidente em exercício do Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), Sebastião Costa Guedes, acentuou que a corrupção identificada está sendo averiguada com a devida profundidade e os envolvidos devem ser punidos com severidade, pois causaram enormes prejuízos a todos os segmentos da cadeia da pecuária de corte, desde os pecuaristas até os consumidores.