Os 5 eventos que vão agitar o mercado nesta semana

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta segunda-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Esta semana começa agitada na Bovespa, com destaque para a fala de Janet Yellen e para a fase final do impeachment. Confira o que é destaque nesta semana:

1. Bolsas mundiais
Os mercados mundiais registram um dia de leves perdas com os olhos voltados para o encontro de Jackson Hole, que terá como destaque para a chairwoman do Federal Reserve Janet Yellen na próxima terça, que dará pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária. Neste domingo, o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou que a autoridade monetária está próximo de atingir meta de emprego e inflação. Fischer fez uma avaliação geral otimista da força atual da economia, dizendo que o mercado de trabalho estava perto do pleno emprego e ainda melhorando. 

Destaque ainda para as commodities: o petróleo brent caiu novamente abaixo de US$ 50 o barril na segunda-feira com os analistas destacando ceticismo com o resultado de conversas entre produtores para frear op excesso de oferta. As crescentes exportações de produtos refinados da China também pressionaram os preços.  

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Às 07h46, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,41%

* CAC-40 (França) -0,04%

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*DAX (Alemanha) -0,09%

* Nikkei (Japão) 225 +0,32% (fechado)

*Xangai (China) -0,75% (fechado)

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*Hang Seng (Hong Kong) +0,26% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,18%

*Petróleo brent -3,01%, a US$ 49,35 o barril

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* Minério de ferro 62% negociado em Qingdao (China) +0,28%, a US$ 61,23 a tonelada

2. Votações no Congresso
Além do impeachment, estão marcadas diversas votações para ocorrerem no Senado. O primeiro item da pauta é o projeto que proíbe governantes de deixarem aumento de despesas com pessoal para após os seus mandatos. A proposta proíbe o presidente da República, governadores e prefeitos de promoverem aumento de despesas com pessoal que tenham início após o fim de seus respectivos mandatos.

O segundo item da pauta também pode ser votado no decorrer da semana. O PLS 204/2016 – Complementar permite à administração pública vender para o setor privado os direitos sobre créditos de qualquer natureza. A permissão vale para todos os entes da Federação e busca aumentar a arrecadação da União, dos estados e dos municípios.

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Os senadores também devem votar, em primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC 31/2016), que prorroga até 2023 a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e cria mecanismo semelhante para estados, Distrito Federal e municípios. A proposta permite ao governo realocar livremente 30% das receitas obtidas com taxas, contribuições sociais e de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide), que hoje são destinadas, por determinação constitucional ou legal, a órgãos, fundos e despesas específicos.

3. Agenda econômica
Na quarta-feira (24), às 9h será apresentado o dado de inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve ter um avanço de 0,46% entre 15 de julho e 15 de agosto, segundo a mediana das expectativas dos economistas pesquisados pela LCA Consultores. No resultado anterior, o avanço da inflação foi de 0,54%. Já na sexta-feira será divulgada a segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos para o segundo trimestre de 2016. A expectativa mediana dos economistas é de que a maior economia do mundo cresça 1,1%, ante 1,2% registrados anteriormente. O número sai às 9h30.

4. Especial InfoMoney
Às 12h30, o analista técnico da Clear Corretora, André Moraes, estará ao vivo na InfoMoneyTV para responder as 10 principais dúvidas sobre operar com minicontratos de Ibovespa e dólar. Antes disso, às 11h30, será transmitido excepcionalmente nesta segunda-feira o Comprar ou Vender.

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5. Dilma e Yellen guiam o mercado
Na quinta-feira (25), às 9h, terá início o julgamento final do impeachment de Dilma no Senado. As sessões serão presididas pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, e está previsto para durar pelo menos até o dia 30 de agosto, sendo paralisado no final de semana. Os dois primeiros dias serão dedicados à apresentação de questões de ordem e à oitiva das oito testemunhas arroladas. A acusação, que abriu mão de quatro nomes, vai apresentar apenas duas testemunhas, enquanto a defesa manteve as seis a que tem direito. Na segunda-feira (29), deve ser a vez da própria presidente afastada fazer sua defesa no plenário. Já nesta segunda, Dilma concedeu entrevista ao SBT e descartou renúncia. Segundo Dilma, Temer e seus aliados se empenham para antecipar a votação do impeachment porque temem que surjam denúncias que os comprometam. “Por que eles tem tanto interesse em antecipar, em dias, o impeachment? Para mim, eles têm medo de uma delação que mostre claramente qual é o grau de comprometimento de quem meu julgamento beneficia: o governo interino, provisório e ilegítimo”, afirmou.

No exterior, quem será destaque será a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, que falará no simpósio de Jackson Hole e deve agitar o mercado. Desde 1978, o Federal Reserve de Kansas City sedia o simpósio política econômica anual em Jackson Hole. O evento foi criado como um fórum de bancos centrais, especialistas e acadêmicos, que se reúnem para discutir não necessariamente o cenário atual, mas suas visões sobre o futuro da economia e outras questões essenciais. No início do evento, na sexta-feira (26), Yellen irá falar e poderá dar alguma novidade para o mercado sobre o que ela espera da política do Fed em relação aos juros nos EUA.

Agenda InfoMoneyTV para segunda-feira:

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.