Pfizer anuncia que irá comprar Allergan em negócio de US$ 160 bilhões

Este é o maior negócio da indústria farmacêutica; ambas as ações caem no pré-market da Bolsa de Nova York

Lara Rizério

Logotipo da Pfizer (Bloomberg)

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SÃO PAULO – A Pfizer e a Allergan, fabricante do Botox, anunciaram que estão planejando a fusão, com a compra da primeira pela segunda em um valor de US$ 160 bilhões, ou US$ 363,63 por ação da Allergan. As ações de ambas as companhias têm queda de cerca de 1% no pré-market da Bolsa de Nova York hoje.

A notícia havia sido amplamente divulgada no final de semana; a Pfizer disse que a nova empresa se chamará Pfizer Plc e este marcará o maior negócio da indústria farmacêutica. Os acionistas da Pfizer irão receber uma combinação das ações das companhias, enquanto a Pfizer deve pagar com 11,3 de suas ações por cada papel da Allergan. Também haveria um pequeno componente em dinheiro, respondendo por menos de 10% do valor da transação.

O acordo, o maior da história no setor de cuidados com saúde deve atrair o foco político em um ano de eleição presidencial nos Estados Unidos, porque a Pfizer mudaria seu endereço para a Irlanda, onde a Allergan é registrada, em uma chamada “inversão” que reduziria sua taxa de imposto corporativo.

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Este ano está sendo marcado por uma onda de fusões nos setores farmacêutico e de biotecnologia, já superando o recorde do ano passado, de US$ 220 bilhões em negócios, segundo dados compilados pela Bloomberg. A compra da Allergan, que tem domicílio legal em Dublin, poderia permitir que a Pfizer, que tem sede em Nova York, se realocasse fora dos EUA para fins tributários.

O negócio também reiniciaria o debate na indústria farmacêutica sobre o papel de pesquisa e desenvolvimento, uma vez que presidente-executivo da Allergan, Brent Saunders, prolífico negociador de acordos e cético sobre a descoberta interna de medicamentos, entraria na companhia combinada em posição de influenciar sua estratégia.

(Com Reuters e Bloomberg) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.