Petrobras, Vale e siderúrgicas caem forte; Hering derrete 17% após balanço

Confira a atualização dos principais destaques da Bovespa no pregão desta sexta-feira

Paula Barra

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12h12: Petrobras, Vale, bancos e siderúrgicas 
Depois de certa euforia nos minutos iniciais do pregão, o mercado perdeu força e virou para forte queda, mas busca certa recuperação agora, com as ações da Vale e bancos. O movimento foi conduzido pelos papéis da Vale (VALE3, R$ 23,55, -1,38%; VALE5, R$ 19,12, -0,42%), Petrobras (PETR3, R$ 14,32, -2,25%; PETR4, R$ 13,40, -2,19%), bancos e siderúrgicas – todos registraram ganhos na abertura e bateram a mínima do dia perto das 11h30 (horário de Brasília). Entre os bancos, Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,73, 0,0%), Bradesco (BBDC3, R$ 29,72, -0,67%; BBDC4, R$ 31,48, -0,57%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,73, -0,47%); em relação às siderúrgicas, Usiminas (USIM5, R$ 6,00, -4,31%) e CSN (CSNA3, R$ 8,18, -2,04%).

Da máxima do dia (por volta das 10h10) até a mínima, as ações preferenciais da Petrobras e Vale caíram 4,4% e 5,31%, respectivamente, em cerca de 1h20 (horário de Brasília). Já Usiminas e CSN atingiram no período queda de 7,7%. Entre os bancos, a queda ficou próxima a 2,8%. Passado o “susto”, os papéis do Itaú zeram a queda, enquanto a Vale minimiza as perdas

10h59: Suzano (SUZB5, R$ 15,19, +0,46%)
A companhia reverteu lucro de R$ 201 milhões do primeiro trimestre de 2014 para prejuízo de R$ 762 milhões nestes primeiros três meses de 2015. A receita líquida fechou em R$ 2,147 bilhões, 53,4% maior que a do ano passado quando foi de R$ 1,400 bilhão. Segundo o Itaú BBA, a companhia continua apresentando melhora nos resultados e processo de desalavancagem está em curso. A ação segue como top pick do banco. Para o Bradesco BBI, o “momentum” positivo no lucro continua, destacando que o desempenho operacional robusto de custos compensou a deterioração pior do que o esperado na divisão de papel.

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10h55: Lojas Americanas (LAME4, R$ 17,52, 0,0%)
A Lojas Americanas registrou uma queda de 14,3% no lucro líquido, para R$ 22,208 milhões ante R$ 25,923 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita líquida da empresa ficou em R$ 4,095 bilhões no primeiro trimestre, alta de 20,7% ante os R$ 3,391 bilhões dos primeiros três meses do ano passado. O Ebitda ajustado foi de R$ 453,8 milhões, avanço de 18,1% na mesma base de comparação. 

Para o BTG Pactual, a companhia segue como uma de suas top picks, com margens definidas para melhorar no segundo trimestre. O Credit Suisse comentou que a companhia reportou bons números em cima da B2W e também do número melhor de lojas físicas, contribuindo para o crescimento do Ebitda.

10h46: Marfrig (MRFG3, R$ 4,27, -2,06%)
A Marfrig teve prejuízo líquido de R$ 570,9 milhões no primeiro trimestre, frente a resultado negativo de R$ 96,4 milhões no mesmo período do ano passado. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 438,5 milhões, avanço de 11,66% na mesma base de comparação.

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10h44: Viver (VIVR3, R$ 0,06, -14,29%)
A Moody’s rebaixou hoje os ratings corporativos atribuídos à Viver Incorporadora e Construtora de Caa1 para Caa3 com perspectiva negativa. O rebaixamento ocorreu após o não pagamento de um vencimento de R$ 115 milhões em juros e principal com vencimento em 30 de abril de 2015 referente à R$ 300 milhões em debêntures seniores com garantias reais emitidas ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) em 2011, com vencimento final em outubro de 2016, explicou a agência. “A não ser que haja um aditivo dentro dos 5 dias úteis do período de carência, isso representará um evento de default de acordo com a escritura do título e pode deflagrar uma aceleração das outras dívidas da empresa, consequentemente exercendo maior pressão para reestruturações adicionais de dívidas o que poderia impor perdas significativas para os credores”, completou. 

10h32: B2W (BTOW3, R$ 25,70, +4,47%)
O lucro líquido da varejista online caiu 12,5% no primeiro trimestre, passando de R$ 57,615 milhões para R$ 50,408 milhões. A receita líquida, por sua vez, subiu 23,5% na mesma base de comparação e atingiu R$ 2,137 bilhões. O custo de vendas subiu 27% na comparação anual e passou de R$ 1,311 bilhão para R$ 1,665 bilhão. 

O BTG Pactual destacou que a companhia teve crescimento forte de vendas e revelou iniciativas para melhorar seu desempenho.

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10h26: Cia Hering (HGTX3, R$ 16,16, -13,58%)
A varejista desaba após balanço do primeiro trimestre. A empresa mostrou lucro líquido de R$ 41,510 milhões no primeiro trimestre, queda de 35,7% na comparação com 2014. Além disso, a companhia alertou sobre possível manutenção da fraqueza nos próximos trimestres. 

Para o Credit Suisse, o problema não é a coleção da companhia, mas sim a aversão ao risco da rede, que tem reduzido ordens no macro mais difícil. Analistas do banco acreditam que a empresa pode forçar uma troca de estoque. Mas, no geral, o cenário segue ruim e eles acham difícil ter visibilidade para o papel, devendo ter mais revisões de projeções para baixo. 

10h25: Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 10,85, -3,81%)
A empresa de auto-peças, divulgou resultado do primeiro trimestre de 2015 e atingiu lucro líquido de R$ 62,978 milhões, uma diferença positiva de 92% em relação aos R$ 35,926 milhões de 2014. A receita fechou em R$ 1,51 bilhão, 9,1% acima dos R$ 1,38 bilhão do ano passado. Com um Ebitda 27,8% maior que o do mesmo período de 2014, que fechou em R$ 115,017 milhões, agora em R$ 147,048 milhões.

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Segundo o Itaú BBA, os resultados foram fracos, com endividamento elevado, sendo a grande preocupação, o que, provavelmente, continuará reduzindo o desempenho da ação. Para o Bradesco BBI, é esperado uma reação negativa do mercado, destacando que o desempenho operacional continuou sendo afetado negativamente pelas operações no Brasil.

10h23: Magazine Luiza (MGLU3, R$ 5,39, -3,07%)
A Magazine Luiza encerrou o trimestre com lucro de R$ 2,9 milhões, queda de 86,1% em relação aos R$ 20,5 milhões de 2014. Sua receita também foi mais baixa este trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, fechando em R$ 2,252 bilhões, diferença de 0,7% negativos aos R$ 2,268 milhões. O Ebitda encerrou em R$ 127 milhões, 5,5% a mais que em 2014, contra R$ 120,8 milhões. A margem Ebitda foi de 5,7%, um aumento de 0,4 p.p. 

Segundo o BTG Pactual, a receita segue melhorando gradualmente apesar dos resultados financeiros afetarem o resultado líquido. “A lucratividade está em níveis decentes”, disseram analistas do banco.

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10h20: Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 99,17, -2,10%)
O Pão de Açúcar viu seu lucro líquido cair 25,6% de janeiro a março, passando de R$ 338 milhões no início do ano passado, para atuais R$ 252 milhões. As despesas operacionais da empresa cresceram 18%, para R$ 3,2 bilhões no período. A margem Ebitda caiu 7%, para 5,5%, enquanto a receita líquida subiu 14,8%, para R$ 17,2 bilhões no primeiro trimestre.

Segundo o Itaú BBA, a companhia não foi capaz de apresentar crescimento no Ebitda e lucro líquido e é esperado resultado mais forte no segundo semestre deste ano. 

10h17: Even (EVEN3, R$ 4,27, -6,15%)
A Even mostrou lucro de R$ 31,058 milhões, uma queda de 42% em relação aos R$ 53,813 milhões de 2014. A receita líquida foi de R$ 467,638 milhões, R$ 7,851 milhões a menos em comparação ao período de 2014. O Ebitda encerrou em R$ 71,699 milhões, 12% abaixo do ano passado quando foi de R$ 81,747. A margem Ebitda foi de 15,3%, 1,9 p.p a menos que em 2014. 

O Itaú BBA já ressaltava antes da abertura do pregão que esperava reação negativa do mercado após os números, com dados mais fracos em função de margens operacionais menores. A companhia foi rebaixada para market perform (desempenho em linha com a média) pelo Bradesco BBI. O banco diz acreditar que o setor agora precisa de prêmio de risco ainda mais elevado, dado o cenário macroeconômico e restrições de crédito em curso. “A ação tem superado o desempenho do setor nas últimas semanas e estes resultados trimestrais devem inverter essa tendência”, disseram os analistas.

10h10: Eztec (EZTC3, R$ 17,54, +7,28%) 
A Eztec teve lucro líquido de R$ 133,1 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 39% na comparação com o mesmo trimestre de 2014. Esse foi o maior lucro trimestral da empresa desde 2013. A receita líquida totalizou R$ 231,7 milhões, avanço de 10%. 

Para o BTG Pactual, a companhia mais uma vez manteve a lucratividade, apesar da demanda menor e estoques maiores, enquanto manteve o endividamento em níveis baixos. 

10h08: Gafisa (GFSA3, R$ 2,92, +3,55%)
A Gafisa encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 31,65 milhões, revertendo prejuízo de R$ 39,79 milhões em igual período do ano anterior, informou na noite de quinta-feira. O Ebitda ajustado da empresa foi de R$ 96,36 milhões, avanço de 264% na mesma base de comparação. 

Segundo o BTG Pactual, os números foram ligeiramente melhor do que o esperado, principalmente estimulado pelo “ramp-up” das operações da Tenda. Para os analistas, a companhia, provavelmente, continuará enfrentando desafios para melhorar o ROE (Retorno Sobre o Patrimônio Líquido).

10h03: Estácio (ESTC3, R$ 18,79, +2,96%)
A Estácio mostrou lucro de R$ 130,6 milhões, uma variação positiva de 3,8% em relação aos R$ 125,8 milhões do período semelhante em 2014. Sua receita foi de R$ 722,3 milhões, com 34,2% a mais que 2014, uma diferença de R$ 184,1 milhões. Seu Ebitda foi de R$ 195,9 milhões, em relação aos R$ 129,4 milhões, um aumento de 51,4%. A margem fechou em 27,1%, 3,1 p.p a mais que 24% de 2014.

Segundo o Itaú BBA, os resultados foram bons, com a companhia reduzindo o cancelamento entre trimestres para 2,9% da sua base de alunos, contra 3,6% no quarto trimestre. Para os analistas, controlar as desistências parece ser o foco em 2015 com menor disponibilidade de contratos do Fies. O Bradesco BBI destacou crescimento sólido da base de alunos, apontando que a companhia deve seguir mostrando bons resultados durante o ano.