Petrobras volta aos R$ 10, Vale vira para queda e HRT dispara 135% em 3 dias

Confira os principais destaques da Bovespa nesta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa têm dia positivo nesta quinta-feira (22) com decisão do BCE sobre programa de compra de ativos e Copom (Comitê de Política Monetária), que veio conforme esperado pelo mercado como mais um passo em ganho de crebilidade pelo governo. No destaque, a Petrobras (PETR3; PETR4) segue no holofote após ter disparado mais de 7% nesta sessão. Os papéis, no entanto, amenizaram o movimento nesta tarde e registravam alta de cerca de 2%, segundo cotação das 15h20 (horário de Brasília).  

Nos destaques positivo da Bolsa, as ações da Oi mostravam forte euforia antes da assembleia com acionistas da Portugal Telecom SGPS, marcada para às 13h. Na máxima do dia, os papéis da operadora chegaram a saltar 23%.

Do outro lado, as ações do setor de educação desabavam na Bolsa após o ministro da Educação, Cid Gomes, afirmar ontem que defenderá um sistema de corte mais rigoroso tanto de alunos quanto de faculdades e universidades dispostas a participar do Fies (programa de financiamento estudantil). Fora do Ibovespa, os papéis da HRT chegaram a disparar 53% somente nesta sessão.  

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Confira os principais destaques da Bolsa nesta quinta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 9,69, +2,43%; PETR4, R$ 10,08, +2,65%)
Depois de chegarem a subir mais de 7% nesta sessão, as ações da Petrobras amenizam nesta tarde e sobem cerca de 2%, mas ainda sustentando os R$ 10 – no caso das preferenciais. O movimento ocorre juntamente com a divulgação dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, que vieram pior do que o esperado, contribuindo para a queda dos preços da commodity no mercado internacional. Neste momento, o petróleo WTI, cotado no Texas, caía 3,24%, a US$ 46,24, enquanto o Brent, negociado em Londres, recuava 1,24%, a US$ 48,41. 

Ainda no radar, a empresa deverá ter perdas contábeis de cerca de R$ 10 bilhões, disse uma fonte do governo ao jornal O Globo. Na lista de casos contabilizados, estarão a construção das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Comperj, no Rio de Janeiro. Estão ainda as obras de modernização das refinarias Repar (Paraná), Replan (Paulínia, São Paulo) e Henrique Lage (São José dos Campos, São Paulo), além de perdas nas obras do Gasoduto Urucu-Manaus e Cabiúnas (Rio de Janeiro).

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Vale (VALE3, R$ 21,99, -0,41%; VALE5, R$ 19,30, -0,77%)
Depois de operarem em boa parte do pregão no positivo, as ações da Vale viraram para queda nesta tarde, acompanhadas pelos papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 14,16, -1,46%), holding que detém participação na mineradora. Nesta quinta-feira, o Société Générale iniciou cobertura das ações da companhia com recomendação de compra e preço-alvo de US$ 11,80 para os ADRs (American Depositary Receipts). 

Educação
As ações do setor de educação desabam hoje, com destaque para Estácio (ESTC3, R$ 17,54, -9,59%), Kroton (KROT3, R$ 12,75, -6,52%), Ser Educação (SEER3, R$ 16,27, -10,36%) e Anima (ANIM3, R$ 22,68, -8,50%). O setor de educação mantém no foco dos investidores após anúncio do final do ano passado de mudanças no Fies (programa de financiamento estudantil). Ontem, no entanto, o ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou que defenderá um sistema de corte mais rigoroso tanto de alunos quanto de faculdades e universidades dispostas a participar do Fies.  

Além disso, um grupo de grandes companhias de ensino superior ainda negocia com o MEC sobre as novas regras do Fies, enquanto outra entidade que representa empresas de ensino privado entrou com um processo na Justiça contra mudanças no Fies. A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) protocolou um mandado de segurança coletivo contra o Ministério.

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Natura (NATU3, R$ 33,88, +6,04%)
As ações da Natura seguem em disparada pelo segundo dia e lideram os ganhos do Ibovespa neste momento. O movimento ocorre em meio a notícias de que as fabricantes de cosméticos querem discutir com o governo federal as implicações do aumento da carga tributária do setor anunciado na segunda-feira. 

Gol (GOLL4, R$ 13,22, +2,16%)
As ações da Gol operam em alta nesta sessão. Ontem, a companhia anunciou a criação de uma “super ação preferencial“, que vai proporcionar aos acionistas direitos patrimoniais 35 vezes superiores aos de suas ações ordinárias. A “super ação” foi anunciada em meio à proposta da companhia de lançar uma nova estrutura de capital e de governança corporativa que tem como objetivo ampliar sua capacidade de capitalização e financiamento. A previsão é que a operação, que ainda deve passar por assembleia de acionistas, seja concluída em 90 dias.

Construtoras
Os papéis das construtoras sobem apesar da decisão na véspera do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12,25% a.a.. Entre as as maiores altas do Ibovespa apareciam os papéis da Gafisa (GFSA3, R$ 2,18, +4,81%), Even (EVEN3, R$ 4,77, +1,71%), MRV Engenharia (MRVE3, R$ 7,34, +3,23%). Fora do índice, destaque para a Lopes Brasil (LPSB3, R$ 6,73, +5,98%), Rossi (RSID3, R$ 2,72, +5,02%) e Eztec (EZTC3, R$ 19,42, +3,85%).

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A MRV informou ontem suas vendas contratadas cresceram 20,5% no quarto trimestre, na comparação anual, para R$ 1,5 bilhão, o que corresponde a 9.927 unidades, informou a construtora e incorporadora mineira. No trimestre, as vendas em São Paulo representaram 39% do total, seguidas pelo Rio de Janeiro (13%) e Minas Gerais (12%).

HRT (HRTP3, R$ 6,05, +36,57%)
As ações da HRT – agora PetroRio – chegaram a subir 53% nesta sessão em meio ao anúncio da aquisição de 80% dos campos de Bijupirá e Salema da Shell, na Bacia de Campos, e do navio FPSO Fluminense, utilizado para a produção de petróleo na área, informou a companhia em fato relevante. Em três pregões, os papéis chegaram a subir 135%. Ontem, o Bank of America Merrill Lynch disse que esse é um bom momento para comprar as ações da companhia, mas manteve recomendação em underperform (desempenho abaixo da média) já que, para os analistas, a estratégia da companhia permanece desafiadora.