[BB] Comentário da Semana: ajustes não impediram novos ganhos

Após três semanas de bastante otimismo, mercado se ajustou, mas ainda houve espaço para benefício

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A primeira semana de dezembro foi levemente positiva para o mercado brasileiro, com os investidores ajustando suas posições após três semanas de bastante otimismo. No mercado externo, o destaque ficou com a recente escalada dos preços do petróleo, que voltaram a preocupar.

Neste contexto, a bolsa brasileira encerrou a semana em alta de 0,27%, bem como o dólar comercial, que avançou 1,99%. Os juros futuros e o risco país, por sua vez, fecharam a semana em queda.

Cenário interno: semana tranqüila

A semana foi bastante tranqüila para o mercado brasileiro, com a realização de ajustes após três semanas de otimismo. Mesmo que o cenário econômico tenha se deteriorado um pouco, após a divulgação dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) na semana passada, as boas perspectivas para o próximo ano, o quadro político e o baixo patamar do risco país balancearam os ânimos.

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Quanto à evolução dos preços no cenário doméstico, os indicadores de inflação apontaram para direções opostas durante a semana, trazendo a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha o ritmo de redução da Selic na semana que vem.

Enquanto o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe registrou tendência de desaceleração dos preços, IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) e IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) vieram levemente acima das expectativas e ampliaram a cautela do mercado.

Por fim, os números da Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados na quarta-feira, também não trouxeram grandes novidades. A produção industrial permaneceu quase estável em outubro, depois de ter registrado forte queda na medição anterior.

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Cenário externo: petróleo voltou a subir

No cenário externo, o destaque ficou com a alta dos preços do petróleo no mercado internacional, os quais, com a piora das condições climáticas nas principais regiões consumidoras dos Estados Unidos, romperam a barreira dos US$ 60 na bolsa de Nova York durante a semana.

Ainda nos Estados Unidos, os indicadores divulgados durante a semana apontaram para direções opostas. Se os números do Productivity and Costs mostraram um crescimento acima do esperado da produtividade do trabalhador norte-americano, o indicador que descreve a oferta de crédito aos consumidores locais surpreendeu e mostrou forte queda.

Dólar sobe forte

O dólar comercial encerrou a semana em forte alta de 1,99%, sendo cotado a R$ 2,2520 no fechamento de sexta-feira, quando acabou encerrando em valorização de 1,26%. Além das constantes intervenções do Banco Central no mercado de câmbio, a moeda norte-americana também sofreu um movimento de ajuste no período.

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No mercado de juros futuros, o contrato com vencimento em janeiro de 2007, que apresenta maior liquidez, projetou taxa de 16,56% na sexta-feira, pequena variação frente à taxa de 16,63% no encerramento da semana anterior. Já a taxa anual do CDB pré-fixado de 30 dias fechou a 18,09%, abaixo da taxa de 18,12% registrada no encerramento da semana passada.

Finalmente, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou a semana em alta de 0,27%, sendo cotado a 32.922 pontos. Após as máximas históricas atingidas recentemente, os investidores aproveitaram a semana para embolsar os ganhos.

Próxima semana: Copom se reúne

Na segunda semana de dezembro, os investidores devem ficar atentos à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que tem início na terça-feira e na quarta-feira anuncia a nova taxa básica de juro da economia brasileira.

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No cenário externo, o destaque fica com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor norte-americano, o CPI, que acontece na quinta-feira.