Como comprar seu carro

Guia do carro - Como comprar seu carro

Equipe InfoMoney

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Realizar o sonho do carro zero, ou simplesmente do carro próprio, nem sempre é tarefa fácil e, para isto, como em tudo que envolve seu orçamento, é preciso planejar. Atualmente o motorista interessado em trocar seu carro pode comprar à vista com desconto, financiar o automóvel através de leasing, ou simplesmente entrar como participante de um consórcio de carros.

Comprar à vista é a melhor opção

Para quem pode, a compra à vista é sempre a melhor opção, pois envolve custos menores do que os financiamentos. Neste caso, a menos que você já tenha acumulado o suficiente, o melhor é estabelecer metas de poupança mensal de forma a conseguir, depois de algum tempo, poupar o suficiente para comprar seu carro à vista e com desconto.

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Não se esqueça de pedir desconto na compra à vista, não existem regras precisas, mas é possível conseguir algum desconto, ou pelo menos redução dos gastos com acessórios. A primeira coisa a fazer é estimar o quanto do seu salário pode poupar por mês. Feito isto, faça uma conta bastante simples: divida o valor do carro que quer comprar pela sua poupança mensal e terá uma idéia de quanto tempo será preciso para alcançar seu sonho. O dinheiro deve ser aplicado em investimentos seguros e pouco voláteis.

Por exemplo: investindo R$ 750 por mês, a uma taxa de 1% ao mês, você conseguirá economizar R$ 9.500 no final de um ano, o que já é o suficiente para amortizar a compra de um carro zero mais simples. Daí a importância do planejamento, se você não precisa do carro hoje, e pode agüentar mais um ano de carona ou ônibus, o esforço de poupar todos os meses pode valer a pena, pois você pode reduzir seu saldo devedor ou até mesmo comprar um carro usado!

Consórcio é opção para quem não quer pagar juros

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Para quem não sabe como funciona um consórcio, vamos utilizar um exemplo simples. Imagine que você e mais 10 pessoas querem comprar um carro, de R$ 20 mil, mas cada um só tem R$ 2 mil para gastar. Cada um de vocês pode esperar 10 meses para realizar seu sonho, ou se juntar formando um consórcio que permite a compra de um carro de R$ 20 mil. Repetindo isto por dez meses, no final do período todos vocês terão seu carro próprio, e pelo menos 9 terão comprado a carro mais rapidamente, a custos mais baixos do que se tivessem feito um leasing.

A grande desvantagem do consórcio reside no fato de que, ao contrário do financiamento, onde você sai dirigindo seu carro da concessionária, você precisa esperar até ser sorteado. Portanto, o consórcio pode não ser recomendado para quem não pode esperar muito tempo.

Em contrapartida, a grande vantagem é que você não paga juros, o que reduz significativamente os custos da compra.

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No entanto, no caso dos consórcios é cobrada uma taxa de administração, que varia entre 12-15% do valor do bem. Neste caso, a grande vantagem é que esta taxa pode ser amortizada ao longo da duração do consórcio. Portanto, se o consórcio tiver duração de 10 meses, na verdade você está pagando uma taxa de 1,2-1,5% ao mês, abaixo dos juros cobrados no financiamento.

Vale lembrar que no consórcio o único indexador aplicado é o valor do próprio bem, de forma que sua prestação pode aumentar ou cair em função disto. Já nos financiamentos, você está exposto ao aumento dos juros, que podem levar a um aumento substancial do custo das prestações. Muitas administradoras de consórcio, principalmente as grandes, também cobram uma taxa de adesão de 1% do valor do veículo, o que encarece o negócio. Contudo, diminui seu risco, uma vez que a taxa é usada para um fundo de reserva caso algumas pessoas desistam do consórcio.

Cuidados a serem tomados ao entrar em um consórcio

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Antes de entrar num consórcio, existem alguns itens importantes que devem ser observados como, por exemplo, a credibilidade da empresa administradora. Veja se a empresa está autorizada pelo Banco Central a atuar no setor, e verifique se não existem reclamações contra ela nos órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. Lembre-se também de ficar atento ao contrato, especialmente no que diz respeito às prestações e às taxas de adesão e fundos de reserva.

Lembre-se que se você desistir do consórcio é possível receber o dinheiro de volta, mas para isso você terá de esperar até o encerramento do grupo, isto é, até que todos participantes tenham recebido seus bens. Não há obrigação de devolução dos custos relacionados à taxa de adesão, ficando a decisão a cargo da administradora do consórcio.

Financiando o seu carro

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Se você não tem dinheiro suficiente para comprar à vista e não confia nos consórcios, então restam apenas duas alternativas. A primeira é se conformar e continuar andando de ônibus ou pegando carona e a segunda é tentar obter um financiamento para a compra do seu carro. Os financiamentos em geral tomam a forma de leasing ou de CDCs (Crédito Direto ao Consumidor). Abaixo discutiremos estas duas modalidades comparando as vantagens de cada uma delas.

Leasing financeiro

O leasing nada mais é do que uma espécie de aluguel, sendo que no final do contrato você tem a opção de renová-lo, devolver o bem ou comprar o carro.

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Apesar destas opções existirem, no Brasil a maioria dos casos envolve a compra do carro pelo consumidor ao final do contrato de leasing, de forma que a operação acaba se assemelhando à de um financiamento tradicional. Este tipo de leasing é chamado leasing financeiro, pois o consumidor compra o automóvel no final do contrato.

Nas operações de leasing, a compra do carro é feita com base no valor residual ou valor de mercado do carro, este valor residual pode ser pago antecipadamente na forma de entrada, pode ser parcelado e embutido no valor das prestações, ou quitado no final do contrato de leasing. No Brasil, em geral as instituições que oferecem operações de leasing optam pelo pagamento do valor residual antes do final do contrato, de forma a reduzir o risco de inadimplência.

CDC – Crédito Direto ao Consumidor

A situação foi suficiente para causar extremo desconforto por parte da maioria dos consumidores, que simplesmente deixaram de ver o leasing como alternativa para a compra do seu carro. Esta situação fez com que a maior parte dos consumidores passasse a buscar financiamento através do CDC (Crédito Direto ao Consumidor). Ao contrário do leasing, que é uma opção de arrendamento mercantil, o CDC é uma linha de financiamento que está ligada diretamente à compra de um bem, que pode ser um carro, caminhão, eletrodoméstico etc.

Quanto mais fácil a revenda do bem, menor tende a ser a taxa cobrada nos CDCs, isto porque em caso de não pagamento das prestações, a instituição financeira que concedeu o financiamento pode retomar o bem e revendê-lo. Desta forma, quanto mais fácil for a revenda, menor o risco da instituição e menor a taxa cobrada pelo financiamento. Abaixo comparamos as principais vantagens e desvantagens do CDC e do leasing:

Leasing CDC
Propriedade do carro Banco ou empresa de leasing Consumidor, alienado ao banco ou empresa
Inadimplência ou atraso Não negocia e não restitui valores já pagos, é possível entrar na Justiça para receber valor residual Negociável, consumidor pode vender o bem que está em seu nome e quitar dívida
Prazo de retomada em caso de inadimplência Até 30 dias Cerca 90 dias
Quitação antecipada Não é permitida Permitida com redução proporcional dos juros prevista no Código de Defesa do Consumidor
Venda do automóvel Não é possível antes do final do contrato e transferência de posse Mais fácil já que a posse é do consumidor

A grande desvantagem dos contratos de leasing frente aos CDCs reside na propriedade do bem, pois nos contratos de leasing o carro segue em nome do banco ou da empresa que concedeu a operação. Esta situação não só facilita a retomada do carro em caso de inadimplência ou atraso nas prestações, assim como dificulta a venda do veículo, pois a posse só é transferida para o consumidor mediante a quitação do saldo devedor.

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