7 sinais de que você nunca será rico

Especialista da Creditas, Otávio Machado aponta comportamentos perigosos e erros mais comuns que atrapalham sua saúde financeira

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Se resolver contas faz parte da sua vida, pessoal ou profissional, conhecimentos matemáticos estarão frescos na sua mente. Mas nem todas as profissões e rotinas diárias dependem desses cálculos. 

E há uma matéria específica do campo matemático não é ensinada nas escolas, ou não aprofundada como deveria ser, mas é muito ativa na vida de todas as pessoas: a Educação Financeira. 

Para ajudar quem está começando a organizar as finanças, Otávio Machado, coordenador de crédito da Creditasplataforma online de crédito com garantia, separou os principais sete erros te afastam da estabilidade financeira – e, no médio prazo, da riqueza. Confira:

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1- Não saber quanto vale sua hora 

Como fazer um planejamento financeiro sem saber, de fato, quanto entra na sua conta por mês? Se você não tem noção do quanto vale seu trabalho, como poderá mensurar seus gastos?

Use sempre esse valor como unidade de medida para as suas despesas: quantas horas você terá que trabalhar para pagar esse gasto que você deseja assumir? Ele é realmente mais importante para você?   

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2- Ficar em dúvida de quando pagar à vista ou parcelado 

Na verdade, tudo depende das condições de pagamento. Você vai ter algum desconto pagando tudo de uma vez? De quanto? Se for maior do que as taxas de rendimento das aplicações da sua carteira de investimentos, o pagamento à vista é, sim, o mais indicado. 

“A taxa livre de risco (SELIC) está em 6,5% ao ano hoje, ela pode servir de comparação para um parcelamento em 12x, por exemplo. Se o desconto à vista for maior que 6,5% vale mais a pena pagar à vista do que parcelar em 12x”, explica Otávio. 

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Caso não haja desconto ou se ele for menor do que seu dinheiro renderia aplicado, vale a pena dividir, desde que o parcelamento seja sem juros. Além disso, considere o efeito da inflação: quando você parcela sem juros, o valor pago nas últimas prestações vale menos do que no começo. Ou seja, você está economizando.  

3- Ter dinheiro apenas para pagar contas fixas – e não sobrar dinheiro para investir 

Normalmente, quando o salário entra, o mais comum para as pessoas é pagar os chamados gastos burocráticos, que são os que englobam contas de moradia e consumo, os gastos fixos ou de rotina, por exemplo. 

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Em seguida, partimos para gastos flexíveis, os custos com tudo o que você compra, mas não precisa necessariamente, como aquela ida ao cinema ou a um restaurante que você gosta. O que configura o necessário para manter sua qualidade de vida.  

E, por fim, ficam os investimentos no futuro: aquele dinheiro que você reserva para ter um bom padrão de vida no futuro ou realizar um projeto ou objetivo importante.  

No entanto, o ideal é inverter essa lógica e colocar seus sonhos e seu futuro em primeiro lugar. Em seguida, sua qualidade de vida. E por último os gastos burocráticos. Dessa forma você tem mais flexibilidade para fazer uma mudança de vida.

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4 – “Não guardar dinheiro” 

É preciso criar o hábito de guardar dinheiro antes de investir. É muito importante ter consciência de que é importante guardar e não gastar. 

Muitas pessoas querem já pensar em taxas altas de rendimento e estudar mil tipos de investimentos, quando, na verdade, teriam mais dinheiro se guardassem mais no começo ou gastassem menos.

5– Não ter ‘teto’ de gastos 

Se você não coloca um teto, um limite para seus gastos, facilmente perderá o controle das suas finanças. 

Tomando a dica 3 como base, há um método que você pode seguir para cuidar do seu orçamento: a regra do 50-30-20. Ao segui-la, você estabelece uma proporção mensal para cada um dos tipos de gasto: 50% para os gastos burocráticos ou fixos; 30% para os gastos flexíveis ou de qualidade de vida; 20% para os investimentos no futuro ou prioridades financeiras. 

É importante calcular a porcentagem de quanto equivale cada fatia dessa no seu orçamento mensal. E lembre-se de manter esses valores em mente, assim fica mais fácil priorizar como gastar ou, melhor, investir seu dinheiro. 

6- Achar que falar sobre investimentos é só para especialistas 

Para começar e aprender a investir, não tem outro jeito: você precisa procurar fontes de informação variadas. Pesquise muito: vale fazer conta em várias corretoras, explorar simuladores de investimentos e comparadores de fundos, assinar newsletters e relatórios. 

Quando começar a aplicar, também é uma boa ideia colocar um pouco do seu dinheiro em cada tipo de ação ou investimento que te interessa, para entender como funciona e qual o retorno de cada um. A melhor forma de aprender é praticando. 

7- Permanecer com o mesmo hábito financeiro durante anos 

Uma vida financeira saudável está muito mais relacionada aos nossos hábitos do que simplesmente a quantidade de dinheiro que temos em mãos. Logo, mudar seu comportamento e o pensamento com relação a finanças é o fundamental para a organização financeira.  

Não se afaste de seus objetivos de investimento e tenha sempre em mente que qualquer gasto desnecessário acarreta em distanciar cada vez mais independência e estabilidade financeira que você tanto deseja.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.