Bradesco BBI projeta Ibovespa a 157 mil pontos ao fim de 2024 e mantém Brasil “overweight” na América Latina

O BBI destaca que a previsão para o índice brasileiro é conservadora, assumindo uma compressão gradual do risco

Lara Rizério

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A equipe de estrategistas do Bradesco BBI destacou suas projeções para 2024 para os mercados da América Latina, vendo valuations atrativos e um retorno esperado de 13% em dólares, com vieses para o lado positivo.

Os estrategistas apontam que estão otimistas em relação aos mercados domésticos e cautelosos em relação aos fatores cíclicos globais.

“Adicionamos risco ao nosso portfólio em bens de consumo discricionário, imobiliário e small caps. Esta rotação de nomes nacionais de matérias primas e defensivos leva em conta nossa expectativa de ventos favoráveis globais para os ativos da América Latina, de cortes significativos nas taxas nos principais países da região e da provável compressão do risco político”, apontam estrategistas.

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Na região, o BBI adicionou exposição ao Brasil, com overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) e reduziu em Chile (neutro), mantendo uma posição neutra no México e underweight (exposição abaixo da média) no Peru e na Colômbia.

Para o Ibovespa, a projeção é de 157 mil pontos, ou potencial de alta de 17,6% em dólares e de cerca de 20% em reais.

Confira abaixo as projeções para os mercados da América Latina para 2024:

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O BBI destaca que a previsão do Ibovespa a 157 mil pontos é conservadora, assumindo uma compressão gradual do risco. Num cenário alternativo, em que o prêmio de risco acionista convergiria para a sua média histórica, o potencial de valorização para o próximo ano poderia aumentar em 10 pontos percentuais (p.p.).

“Em nossa opinião, as ações brasileiras são atraentes e assimétricas em relação ao lado positivo (…) . O consenso parece ser demasiado conservador no que diz respeito ao ajuste fiscal e à flexibilização monetária”, avaliam os estrategistas.

“Apresentamos 3 temas de investimento para 2024: (i) redução de riscos macro; (ii) recuperação das margens e crescimento do lucro por ação – o ciclo apoia uma reavaliação das ações, mas os aumentos de impostos constituem um risco significativo para as margens; e (iii) há riscos políticos no horizonte, incluindo o compromisso político com o resultado primário zero e a substituição do presidente do Banco Central”, aponta a equipe de estratégia.

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Em seu portfólio de ações para a América Latina, a equipe do BBI adicionou Petrobras (PETR4), Direcional (DIRR3), Mercado Livre (MELI34), Banorte, GAP, Fibra Uno, Walmex e Aguas Andinas, e cortou PRIO (PRIO3), CCR (CCRO3), Vibra (VBBR3), Vesta, FEMSA, Orbia, SQM e Enel Chile.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.