Você conhece sua tolerância a risco? Especialista acha que não e indica estratégia

Para especialista, as pessoas não vem com clareza sua tolerância a risco em momentos de alta

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Os investidores tendem a se esquecer rapidamente após crises profundas e a maioria dos investidores parecem ter alta tolerância a riscos em mercados de alta. O colunista Sanjoy Ghosh do site MarketWatch afirma que é um desafio fazer os investidores se lembrarem do pânico de correções fortes do mercado.

O especialista então cita uma questão que faz para medir a tolerância a risco das pessoas: “como você se sentiria em um cenário onde você experimentou uma queda de 20% em seu portfólio nos próximos três anos?”. Para Ghosh, se você estiver em uma fase boa da vida, com um bom emprego e dinheiro na conta, você pode aceitar a perspectiva de que está preparado para perder 20% de seu dinheiro guardado.

No entanto, se as coisas não vão bem, você corre risco de demissão, precisa reformar sua casa e todos os sinais da economia vão mal, você conseguiria tolerar esse recuo de 20%? O colunista afirma que não é uma coincidência ter o emprego em risco no momento em que a economia vai mal, uma vez que uma economia ruim acaba fazendo com que as empresas demitam pessoas.

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Se você não consegue lidar com esse cenário, você provavelmente vai vender suas ações no pior momento possível e o melhor é ser um pouco mais conservador nos investimentos, afirma o colunista.

Estratégia
Para Ghosh, o típico ciclo de mercado dura cerca de sete anos. Se você está pensando em se aposentar nesse tempo, o conselho do especialista é ou ser mais conservador ou ser capaz de ver algo como o retorno esperado ao longo do ciclo.

Outra forma de pensar em seus investimentos, de acordo com o colunista, pode ser fazendo uma carteira mais conservadora que seja extremamente conservadora e outros portfólios que são mais agressivos.

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Ghosh vê essa estratégia formada por “núcleo” e “satélite”. O núcleo é onde você deixa o grosso de seus investimentos e o satélite é o componente de mais risco do investimento, onde o objetivo é maximizar os ganhos.

Para o núcleo, o colunista sugere uma estratégia de investimentos passivos, para acompanhar os retornos do mercado com um baixo custo. Nessa carteira, você pode fazer uma mescla de títulos e ações que combinem com sua idade e seu verdadeiro nível de tolerância a risco.

Já o segmento satélite é onde você pode olhar para estratégias ativas, onde tenta bater o mercado. Algumas das opções são fundos mais novos, ou ações ou ainda fundos de hedge. Isso permite que você se assegure de sua invencibilidade enquanto continua tentando ter retornos melhores.