Iguatemi (IGTI11) reporta números positivos e com boas tendências operacionais, dentro das expectativas dos analistas

Resultados foram impulsionados pelo excelente desempenho do aluguel mesmas lojas; por outro lado, lucro foi impactado por resultado financeiro

Felipe Moreira

(Divulgação)

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A Iguatemi (IGTI11) divulgou na noite desta terça-feira (2) seu balanço do segundo trimestre de 2022. Os resultados foram considerados sólidos, mas em linha com as expectativas do consenso de mercado.

“A Iguatemi apresentou resultados sólidos conforme o esperado no 2º Trimestre de 2022 (2T22), impulsionados pelo excelente desempenho do aluguel mesmas lojas (SSR), com alta de 56,2% em relação a 2019, impulsionado por junho com um crescimento de SSR de 59,1% em relação ao 2T19”, comenta a XP Investimentos, em relatório.

Como resultado, segundo analista Ygor Altero, a receita líquida foi forte, chegando a R$ 254 milhões, ligeiramente acima das estimativas.

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Para Bradesco BBI, as receitas de aluguel e estacionamento sustentaram as tendências operacionais positivas da Iguatemi no 2T22, enquanto os menores custos de ocupação no trimestre foram o principal destaque, sugerindo que as vendas dos lojistas estão compensando a maior carga de aluguel.

O Credit Suisse também avalia os resultados da Iguatemi como positivos no 2T22, com destaque para melhorias nas métricas operacionais, mas financeiro prejudicado pelas ações da Infracommerce (não caixa) e pelas operações de varejo/digital. “O domínio do portfólio da empresa e a exposição a públicos mais abastados se traduziram em um forte desempenho de vendas, o que permitiu que a empresa continuasse reduzindo os descontos nos aluguéis sem comprometer a saúde financeira dos lojistas”, ressaltam analistas do banco suíço.

Com relação a inadimplência, o time de research do Itaú BBA ressalta que a empresa conseguiu recuperar os aluguéis atrasados, levando a inadimplência para território negativo durante o trimestre. “Isso ressalta a resiliência da saúde financeira dos lojistas e provavelmente permitirá que a empresa mantenha o controle rígido dos descontos.”

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Do lado negativo, analistas do BBI destacam os números abaixo do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) significativamente prejudicados pelo maior custo da dívida e perdas substanciais de seus instrumentos de capital (impactos não caixa, pelo menos por enquanto), embora não representem nenhuma ameaça à tese da empresa.

Por fim, Credit Suisse vê a Iguatemi bem posicionada para continuar repassando a inflação para os aluguéis (alto poder de barganha) e explorar as oportunidades em seu portfólio (vacância ainda em 6,6%). Dessa forma, mantém avaliação outperform (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 29 frente a cotação de fechamento de terça-feira (2) de R$ 19,94, o que representa upside de (potencial de valorização) de 45,4%.

Itaú BBA tem classificação outperform para o papel, com preço-alvo de R$ 27, potencial de alta de 35,4%. BBI e XP também possuem recomendação de compra para Iguatemi e preço-alvo de R$ 28, upside de 40,4%.

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