Novo índice independente que roda na blockchain aponta inflação mais alta nos EUA

Ferramenta mede inflação de 13,3%, bem mais do que os 7,9% oficialmente registrados em março

CoinDesk

(Pixabay)

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A empresa de finanças descentralizadas (DeFi) Truflation está desenvolvendo uma nova maneira de medir a inflação dos EUA independente do governo e em tempo real. Seria algo como o concorrente do índice de preços ao consumidor (CPI), porém à prova de eventual manipulação por funcionários do governo.

No momento, a Truflation, que roda na Chainlink (LINK) e, portanto, é acessível e visível a todos, está medindo uma inflação de 13,2%, bem acima dos 7,9% medidos pelo CPI em março.

“Essa estrutura usada pelo governo tem cem anos […] e os governantes tentam incessantemente atualizá-la, em vez de ter uma abordagem diferente em uma época que tudo é computadorizado”, afirmou Stefan Rust, fundador da Truflation, em entrevista ao CoinDesk.

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A equipe começou a trabalhar no Truflation após Balaji Srinivasan, CTO da Coinbase, desafiar desenvolvedores de Web 3 a criar um feed de inflação resistente à censura, alegando que “o estado centralizado não vai fornecer estatísticas confiáveis sobre a inflação” e prometendo um investimento de US$ 100 mil.

Nesta sexta-feira, foi anunciado que a Truflation venceu o desafio.

A diferença-chave entre o CPI e o índice da Truflation é que, ao passo que o governo usa dados de pesquisas para medir a inflação, a empresa usa dados de preços. O CPI é medido a partir da coleta de aproximadamente 94 mil preços por mês de commodities e serviços e 8 mil imóveis alugados, para o componente residencial.

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“É a caixa-preta. Não sabemos como eles desenvolveram esse levantamento, como executaram-no, etc. […] Para nós, essas coletas são duvidosas, comparadas com dados reais de preço de vendas que você consegue de comerciantes ou agregadores”, disse Rust.

Embora o índice da Truflation seja baseado no mesmo modelo de cálculo largamente utilizado pelo CPI, é diferente porque mede e relata as mudanças diárias na inflação, ao usar dados de preços atuais do mercado real a partir de fontes como Zillow, Penn State e Nielsen, entre outros.

Cerca de 40% desses dados observados são dos mesmos bens usados pela Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos. Os outros 60% estão sendo substituídos por dados de outras fontes.

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Por conta da pandemia da Covid-19, das dificuldades na cadeia de abastecimento e da resposta do governo a esses problemas, a inflação voltou a ser comentada por legisladores, traders e pessoas comuns.

Durante décadas, o Federal Reserve usou o CPI e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) para observar e comparar o quanto os preços haviam subido, mas algumas pessoas não confiam nessas cifras, argumentando que alguns pontos importantes não são incluídos e que há uma variação nos bens médios que não é levada em conta.

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