Redecard: piora do cenário penaliza preço-alvo, mas não tira potencial de longo prazo

Aumento das incertezas rende redução das projeções pelo Bear Stearns, mas não afeta visão favorável com futuro dos papéis

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SÃO PAULO – Na avaliação dos analistas do banco de investimentos Bear Stearns, o cenário para o Brasil tem se agravado nos últimos períodos em meio à crise externa, e os ativos de empresas como a Redecard tendem a sofrer com esta perspectiva negativa.

Com base nesta consideração, os analistas da instituição reduziram o preço-alvo projetado para os papéis da Redecard ao final do ano em 11%, levando a estimativa para a casa de R$ 41. Este valor, na comparação com cotação do pregão da segunda-feira (10), gera potencial de valorização de 63%.

Ainda assim, o banco reiterou sua sugestão de “outperform” – acima da média – para as ações, fator que reforça a visão positiva dos analistas com o retorno dos papéis em prazo mais dilatado de tempo.

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Além desta premissa indicar um ótimo potencial de valorização dos papéis, outro ponto que favorece os investidores que visam retornos de prazo mais longo foi a revisão para cima do ganho estimado por ação nos próximos anos, tendo em vista a expectativa de redução nos custos operacionais da empresa.

Perspectivas favorecem

Foi destacado, ainda, que a Redecard trabalha com um guidance que considera uma evolução de aproximadamente 19% nas receitas provenientes do uso de cartões de débito e de cerca de 25% no volume de cartões de crédito, percentuais considerados “tímidos” para o Bear Stearns.

Após o encerramento da oferta pública secundária de ações em andamento, os analistas acreditam que a performance das ações da Redecard tende a melhorar, bem como com o crescimento da transparência dos riscos regulatórios do setor.