Produtos de investimento em criptomoedas captam recorde de US$ 1,47 bilhão na semana

Para CoinShares, aval regulatório a ETF impulsionou outros produtos de investimento em criptomoedas, com destaque para o Bitcoin

Paulo Barros

(Bianca Holland/Pixabay)

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SÃO PAULO – Fundos e outros produtos de investimento expostos a criptomoedas atingiram um novo recorde de captação semanal de US$ 1,47 bilhão, segundo um relatório da CoinShares.

Esta é a décima semana de saldo positivo em investimentos no setor, alimentada pela recente máxima histórica do Bitcoin (BTC). O valor é mais do que o dobro do recorde anterior, de US$ 640 milhões, registrado em fevereiro de 2021, dois meses antes de o BTC bater o então topo de quase US$ 65 mil.

Produtos expostos a criptomoedas agora acumulam US$ 8 bilhões de entrada de capital em 12 meses, bem acima dos US$ 6,7 bilhões do período anterior. Empresas que negociam os produtos agora registram um total de US$ 76,7 bilhões em ativos sob gestão.

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A maior fatia desse montante segue alocada em produtos da Grayscale, líder do segmento cripto, com US$ 54,6 bilhões sob gestão. Nesta terça-feira (26), a empresa afirmou que a procura por seu fundo Bitcoin Trust foi maior do que pelo ETF da ProShares na bolsa, refletindo em uma valorização de 8,8% no preço da cota em um dia.

Em seguida aparece a CoinShares, com US$ 5,1 bilhões, mas com um déficit anual de mais de US$ 1 bilhão. A novata ProShares, dona do primeiro ETF de Bitcoin dos EUA, também está bem posicionada no ranking das oito gestoras com maior patrimônio, calculado em US$ 1,17 bilhão.

Quase todos os investimentos em cripto na última semana foram realizados em Bitcoin, que abocanhou US$ 1,45 bilhão (99%) dos valores alocados. Já o Ethereum (ETH), segundo maior criptoativo do mundo por valor de mercado, registrou saldo negativo pela terceira semana consecutiva, de US$ 1,4 milhão.

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No entanto, esta não é a mesma realidade de outras criptomoedas menores. Embora com investimentos mais modestos, as altcoins Solana (SOL), Cardano (ADA) e Binance Coin (BNB) tiveram semana positiva após receberam US$ 8,1 milhões, US$ 5,3 milhões e US$ 1,8 milhões, respectivamente.

A CoinShares atribui a alta demanda por produtos de criptomoedas à aprovação dos primeiros ETFs baseados em Bitcoin pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês).

O BITO, primeiro ETF de futuros de Bitcoin nos EUA, se tornou o fundo de índice que mais rápido chegou a US$ 1 bilhão em ativos sob gestão, em apenas dois dias. A procura foi tão grande que a gestora ProShares quase esgotou nos primeiros dias de negociação todos os contratos da bolsa de derivativos de Chicago (CME) referentes a outubro aos quais tinha direito.

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A Valkyrie estreou o segundo ETF de Bitcoin dos EUA na Nasdaq na última sexta (22), e o próximo deverá sair ainda nesta semana. Esperado para terça (26), o produto da VanEck teve listagem adiada para amanhã (27).

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Paulo Barros

Editor de Investimentos