Defasagem de preço da Petrobras e menor importação trazem risco

Estatal diz que as refinarias não têm conseguido atender à alta demanda fora de época das distribuidoras para as entregas de novembro

Bloomberg

Combustível

Publicidade

(Bloomberg) — A lentidão da Petrobras (PETR3;PETR4) em reajustar os preços da gasolina e do diesel, mesmo com o aumento dos custos internacionais, tem levado distribuidoras a evitar importações e estocar o combustível doméstico devido a essa defasagem, o que aumenta o risco de escassez.

A estatal diz que as refinarias não têm conseguido atender à alta demanda fora de época das distribuidoras para as entregas de novembro, mas as redes de postos dizem que o alto custo das importações pode levar ao desabastecimento.

O Brasil não produz combustíveis suficientes para atender o consumo interno, mas as importações não são lucrativas se os preços na bomba estiverem muito baixos.

Continua depois da publicidade

A maior demanda por combustíveis da Petrobras se deve principalmente ao aumento dos estoques, disse Fernando Valle, analista que acompanha petroleiras para a Bloomberg Intelligence.

“A maior parte desses pedidos foi para estocar e vender a preços mais altos”, disse Valle. As distribuidoras “estão apenas tentando estocar por um preço antigo. É um ‘carry trade’”.

Na terça-feira, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que não há risco de escassez de combustíveis no momento, que continua monitorando a cadeia de suprimentos e tomará as medidas necessárias.

Continua depois da publicidade

Leia também: Petrobras reitera que não está descumprindo contratos

Curso inédito “Os 7 Segredos da Prosperidade” reúne ensinamentos de qualidade de vida e saúde financeira. Faça sua pré-inscrição gratuita.