Não me surpreenderia o Bitcoin cair 50% amanhã, mas daqui 4 anos seu valor será muito maior do que hoje, diz Saifedean Ammous

Especialista e autor de livro sobre o Bitcoin, Ammous avaliou o risco de regulações globais e falou sobre o aumento da adoção da criptomoeda no mundo

Rodrigo Tolotti

(Arte: Leonardo Albertino/InfoMoney)

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SÃO PAULO – Enquanto muitas pessoas querem tentar adivinhar o preço que o Bitcoin vai estar amanhã ou no fim do ano, para Saifedean Ammous, educador e autor do livro “O Padrão Bitcoin”, o que é preciso ter em mente é que em um período maior de tempo, o preço da criptomoeda vai ser mais alto.

Mais especificamente, ele aponta que daqui quatro anos, o Bitcoin valerá muito mais do que hoje. Durante um painel na Expert XP, Ammous disse que não se importa com as oscilações de curto prazo, apesar de também não gostar de fazer projeções para a cotação.

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“Eu não ficaria surpreso se o Bitcoin caísse 50% amanhã ou 50% no próximo mês […] ou se ele subir 50% amanhã, no próximo mês ou ano. Eu estudo isso há um bom tempo e meu modelo de precificação mostra que o Bitcoin vai estar significativamente acima do patamar atual daqui 4 anos”, afirma.

Ele diz que realizou um estudo com o histórico da criptomoeda em que, pegando qualquer data, o valor registrado é muito mais alto do que era exatos quatro anos antes. Mais do que isso, Ammous aponta que o preço costuma ser cinco vezes maior nessa comparação de período.

Durante o painel, ele ainda comentou sobre o grande potencial de aplicação do Bitcoin, citando que nenhuma outra criptomoeda até hoje conseguiu entregar um desenvolvimento do mesmo nível.

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Ammous ainda afirmou que não dá para falar sobre quando o Bitcoin será adotado em uma escala maior pela população, sendo esse um processo em evolução.

“É um processo gradual, não será um dia que vai virar uma chave e todos estarão usando Bitcoin, está crescendo todo ano”, explica ele, citando que se a criptomoeda encerrar 2021 em torno de US$ 51 mil, ela terá marcado média de alta de 200% por ano nos últimos 11 anos.

“Se você me dissesse 10 anos atrás que isso ia acontecer, eu diria que era impossível, mas aqui estamos”, afirma o especialista. “Mas eu acho que é um processo de crescimento e está indo muito bem, crescendo muito rápido e não vejo ele desacelerando de forma significativa”.

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Questionado também sobre regulações e um possível movimento global de autoridades sobre os criptoativos, Ammous disse que “boa parte dos governos não sabe o que está fazendo”.

“Isso ainda é algo novo, então não temos uma ideia clara do que eles querem fazer. A maioria dos governos vai resolver a situação conforme as situações surgirem, então não acho que estamos num ponto de ver uma coordenação muito forte entre governos sobre o que fazer com o Bitcoin”, explicou.

Além disso, o especialista ressaltou que regulações não têm impacto sobre o Bitcoin porque seu funcionamento não depende dos governos ou de bancos centrais.

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“A regulação do Bitcoin só é importante para as pessoas sob a jurisdição daquele governo em particular, não é essencial para o Bitcoin. Em outras palavras, se esse governo banir o Bitcoin completamente, esse será um problema para as pessoas que vivem sob esse governo e querem usá-lo, mas não é um problema para o Bitcoin porque ele continua operando em outras jurisdições”, concluiu.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.