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SÃO PAULO – Mais de 1,3 milhão de pessoas trabalham em regime de escravidão na América Latina e no Caribe. Os dados alarmantes foram divulgados nesta quinta-feira (09) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Indígenas são principais vítimas
De acordo com o consultor e antropólogo Eduardo Bedoya Garland, a população indígena é a grande explorada em países como Peru, Bolívia e Paraguai.
No Peru, por exemplo, a mão-de-obra escrava é utilizada na exploração e no comércio de madeira na região da Amazônia, onde vivem aproximadamente 20 mil índios nessas condições.
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Essa prática, informa o consultor da OIT, garante aos exploradores uma renda anual em torno de US$ 75 milhões. Garland garante que, no Peru, as pessoas que aliciam a mão-de-obra escrava forçam ao trabalho famílias inteiras de índios, por períodos que duram de seis meses a um ano.
Na Bolívia, garante o estudo, é na agricultura canavieira que os escravos indígenas trabalham até 12 horas por dia. Nessas regiões, as tarefas não cumpridas são punidas com a imposição de castigos.
Já no Paraguai, a exploração atinge principalmente os índios guaranis, escravizados pelos grandes fazendeiros. O antropólogo exigiu dos governos a realização de campanhas de conscientização para que esse tipo de prática seja abandonada. As informações são da Agência Brasil.