Governo chama bolsistas do exterior antes do início das aulas e gera prejuízos

Haverá um prejuízo de cerca de US$ 12 mil por aluno para os cofres públicos, além de valores com passagens aéreas e seguro saúde, para intercâmbio

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O governo chamou uma série de bolsistas do programa Ciências Sem Fronteiras para voltar para o Brasil, por falta de proficiência em inglês, revelou o Estadão nesta quarta-feira (9). Até agora, são 110 bolsistas que devem retornar ao Brasil – 30 que iriam estudar na Austrália e outros 80 que ficariam no Canadá. 

Enviados para o exterior em setembro, eles não haviam nem mesmo iniciado o seu estágio nas faculdades estrangeiras ainda. Haverá um prejuízo de cerca de US$ 12 mil por aluno para os cofres públicos, além de valores com passagens aéreas e seguro saúde, para intercâmbio.

A intenção do programa era capacitar esses alunos, que agora, deverão voltar as suas faculdades no Brasil, sem qualquer diferença de outros graduados no Brasil. 

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Eles foram para o exterior em setembro justamente para ganhar proficiência no inglês, mas reclamam que a prova da certificação foi antecipada – impossibilitando-os de aprender a língua.

As mudanças no programa já haviam prejudicado esses estudantes. Esses 110 haviam sido aprovados para ir à Portugal, mas o governo excluiu o país do programa, entendendo que já havia grande número de estudantes por lá e eles não aprenderiam uma segunda língua. 

O nível de alunos que deverão retornar ainda pode aumentar, já que os testes ainda estão ocorrendo. No total, foram 3.445 estudantes que iriam para Portugal e tiveram que escolher outro país, viajando sem proficiência provada no idioma. 

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Os testes começaram ser feitos a partir de fevereiro de 2014, mas há quem diga que foi convocado a fazer o exame em janeiro. O Capes havia dito aos estudantes que o teste seria em março ou abril.