Prêmios de títulos do Tesouro Direto recuam na tarde desta quinta-feira

Investidores monitoraram cena política e vacinação contra a Covid-19 no Brasil; no exterior, foco recaiu sobre pacotes de estímulos

Mariana Zonta d'Ávila

Ilustração (Pollyana Ventura/Getty Images)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentam leve queda na tarde desta quinta-feira (17).

O título que acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com vencimento em 2035 pagava um prêmio anual de 3,50%, ante 3,55% ontem.

A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e vencimento em 2040, por sua vez, cedia de 3,67% para 3,65% ao ano.

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Entre os papéis com retorno prefixado, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 6,60%, abaixo dos 6,64% pagos anteriormente.

Já o juro pago pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 era de 7,22%, ante 7,27% no último pregão.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta quinta-feira (17):

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Fonte: Tesouro Direto

Quadro doméstico

Entre os destaques do dia no fronte doméstico, o Congresso aprovou ontem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, acabando com o risco de um shutdown – paralisação completa dos serviços públicos. A meta de déficit público foi estabelecida em R$ 247,1 bilhões e as expectativas são de que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 fique para o ano que vem.

Os investidores brasileiros também repercutiram o relatório trimestral de inflação, do Banco Central. A autoridade monetária revisou sua estimativa para a contração da atividade econômica do Brasil em 2020 para 4,4%, ante 5% em setembro. Para o ano que vem, o BC piorou levemente sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), de 3,9% para 3,8%.

Na agenda de indicadores, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,18% na segunda prévia de dezembro, após ter aumentado 3,05% na segunda prévia de novembro. Com o resultado, o índice acumula alta de 23,41% no ano.

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Já no âmbito político, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltou a afirmar ontem que a pauta do ministro da Economia, Paulo Guedes, é minoritária no governo. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria desistido de qualquer medida de corte de gastos.

“A impressão que eu tenho é que o palácio não tem mais interesse em votar matérias que geram desgaste, como a PEC Emergencial. O que eu ouvi, não tenho informações, é o que eu ouvi, é que na reunião com o [senador] Marcio Bittar o presidente [Bolsonaro] disse que não quer votar mais nenhum corte de gastos”, afirmou Maia a jornalistas.

Com relação ao coronavírus, o Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, está em fase de acertos finais com o Instituto Butantan, para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, segundo o portal UOL.

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Em entrevista coletiva após o lançamento do Plano Nacional de Vacinação, Pazuello afirmou que será necessária assinatura de termo de responsabilidade por quem tomar vacinas aprovadas para uso emergencial.

Hoje, o Supremo Tribunal Federal continua o julgamento de duas ações sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19, protocoladas por PDT e PTB.

No início da sessão de terça, o ministro Luiz Fux, presidente do STF, afirmou que a expectativa é de que o julgamento seja finalizado antes do recesso, que se inicia na semana que vem.

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O ministro Ricardo Lewandowski votou a favor da adoção de medidas restritivas indiretas para garantir a obrigatoriedade da vacinação contra o novo coronavírus. Em análise sobre duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) das quais é relator, o magistrado esclareceu que a posição não significa vacinação “forçada” da população.

Cena internacional

Na cena externa, as notícias eram de que as autoridades europeias querem acelerar a vacinação contra o coronavírus antes do Natal, ao mesmo tempo em que parlamentares da União Europeia aprovaram um pacote de estímulos de 1,8 trilhão de euros.

Já nos Estados Unidos, líderes do Congresso discutem os ajustes finais no acordo para um pacote de US$ 900 bilhões em estímulos contra os impactos econômicos da pandemia.

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Ontem, o Federal Reserve (o banco central americano) manteve as taxas de juros referenciais próximas a zero e anunciou que pretende continuar comprando ao menos US$ 120 bilhões em papéis mensalmente, “até que progresso substancial seja feito em direção às metas máximas do Comitê quanto a estabilidade de preços e emprego”.

No Reino Unido, o banco central manteve seu programa de estímulo enquanto o país segue em negociações para um acordo comercial com a União Europeia posterior ao Brexit.

O Banco da Inglaterra deixou inalterado seu programa de compra de títulos em 895 bilhões de libras (US$ 1,2 trilhão), depois de tê-lo elevado em 150 bilhões de libras no mês passado. A taxa de juros também foi mantida em sua mínima histórica, de 0,1%.

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