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Itaú lança seguro para carros antigos, com parcela mensal de R$ 26,72

Apólice não garante indenização em caso de roubo ou colisão, restringindo o atendimento a serviços, como de mecânico

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Enquanto o seguro para carro com mais de dez anos de uso não vem, empresas se adiantam e oferecem produtos no mercado capazes de atender a esse tipo de automóvel. Na última segunda-feira (14), o Itaú lançou o Socorro Auto Itaú, cujo principal objetivo é atender ao público que, por ter automóveis mais antigos, encontra dificuldade em contratar uma modalidade convencional.

A apólice custa R$ 26,72 mensais, oferecendo serviços de socorro mecânico, guincho, chaveiro, táxi e borracheiro. A proteção não garante indenização em caso de roubo, furto ou colisão, mas presta assistência, caso o cliente se envolva em algum acidente ou seu carro fique impossibilitado de rodar, por conta de uma pane mecânica.

Desenvolvimento

“O desenvolvimento no setor de seguros e proteção vem obrigando as empresas a buscar, cada vez mais, alternativas que beneficiem os clientes”, justificou Osvaldo Nascimento, diretor-executivo da área de Seguros, Previdência e Capitalização do Itaú.

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O produto ainda cobre danos físicos causados a terceiros, cobertura de despesas médico-hospitalares para todos os ocupantes do veículo, em caso de acidente, indenização na ocorrência de invalidez permanente ou morte, além de proporcionar ao cliente a participação em sorteios mensais de R$ 25 mil, rodados pela loteria federal.

No Legislativo

A Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais) prevê que, até o meio do ano, seja aprovado no Congresso Nacional projeto de lei que permite a comercialização de peças de carros usadas. A medida facilitará o barateamento, em média de 30%, nos preços das apólices para veículos antigos, com mais de dez anos de uso.

O texto 345/2007, de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP), já foi aprovado pelas comissões designadas àquela casa. Segundo a Agência Câmara, a última movimentação da matéria ocorreu em setembro último, quando foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde aguarda parecer.

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A reparação de um veículo mais antigo tem o mesmo custo de um novo. Dessa maneira, o dono de um veículo zero-quilômetro, que custa R$ 30 mil, e o de um mais velho, que sai por R$ 15 mil, desembolsarão o mesmo valor, para comprar determinada peça para o conserto.

Com isso, em relação ao preço do automóvel, o segundo consumidor do exemplo gastará mais do que o primeiro. E isso inviabiliza a proteção popular. Portanto, autopeças mais baratas fazem com que o negócio seja mais vantajoso para consumidores e seguradoras.

Cerca de 60%

Segundo a Fenaseg, entre 12 milhões e 15 milhões de autos que rodam no Brasil possuem idade entre oito e 15 anos. Pesquisa do GMA (Grupo para Manutenção Automotiva) revela que a idade média da frota brasileira é de nove anos.

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Conforme levantamento da Correcta Seguros, cerca de 60% da frota brasileira, que possuía no ano passado cerca de 25 milhões de veículos, são segurados. O estudo também constatou que grande maioria das companhias não aceita veículos com mais de dez anos de uso, e após cinco anos de idade do carro, as taxas de seguro são muito agravadas.