Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Investidores esperam por resultados do quarto trimestre em Wall Street e também por Fórum Econômico Mundial de Davos

Equipe InfoMoney

(Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

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A sessão desta segunda-feira é de leves variações para os principais mercados mundiais, com os investidores internacionais atentos à temporada de resultados em Wall Street e também aos desdobramentos do Fórum Econômico Mundial em Davos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participará amanhã (20) à noite (horário local) da abertura do evento. De terça-feira (21) a quinta-feira (23), o ministro falará em painéis e terá encontros com presidentes de multinacionais. Vale destacar que, antes de ir a Davos, Guedes destacou que dólar alto e juro baixo são o novo normal do Brasil, repetindo tom adotado pelo ministro em novembro de 2019 e que pressionou o câmbio. A liquidez pode ser afetada por feriado nos EUA no dia de Martin Luther King. Confira os destaques desta sessão:

1.Bolsas mundiais

A sessão é de leve queda para os contratos futuros das bolsas americanas, com os investidores à espera da nova bateria de resultados desta semana e dos desdobramentos do Fórum Econômico Mundial de Davos, o que também impacta as ações europeias.

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Entre os destaques da agenda econômica, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha subiu 0,1% em dezembro de 2019 ante novembro, segundo dados publicados hoje pela agência de estatísticas do país, a Destatis. Na comparação anual, porém, o PPI alemão teve queda de 0,2% em dezembro. Excluindo-se custos de energia, que podem mostrar volatilidade, o PPI alemão avançou 0,2% em dezembro ante o mês anterior e registrou acréscimo de 0,4% no confronto anual. No ano passado, o PPI da Alemanha teve aumento médio de 1,1% em relação a 2018, informou a Destatis.

Por outro lado, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira. O PBoC, como é conhecido o banco central da China, decidiu hoje manter suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos pelo segundo mês consecutivo em janeiro. A taxa de empréstimos de um ano, que em agosto passou a ser uma taxa principal, permanece em 4,15%. Já a taxa para empréstimos de cinco anos ou com vencimentos mais longos continua em 4,80%.

No mercado de commodities, o petróleo sobe com interrupções de produção na Líbia e Iraque, enquanto o minério de ferro opera estável.

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Veja o desempenho dos mercados, às 7h50 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,16%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,13%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,11%

Europa
*Dax (Alemanha) , -0,03%
*FTSE (Reino Unido), -0,42%
*CAC 40 (França), -0,33%
*FTSE MIB (Itália), -0,40%

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Ásia
*Hang Seng (Hong Kong), -0,90% (fechado)
*Xangai (China), +0,66% (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,18% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,54% (fechado)

*Petróleo WTI, +0,29%, a US$ 58,71 o barril
*Petróleo Brent, +0,43%, a US$ 65,18 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam em alta de +0,53%, cotados a 670 yuanes
*Bitcoin, US$ 8.658,53 -2,78%

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Leia também:
• Potencial de alta para a Bolsa brasileira em 2020 é de pelo menos 13%, diz UBS

2. Agenda de indicadores

Em dia de agenda esvaziada nos EUA por conta do feriado, esta segunda-feira marca o vencimento de opções sobre ações na B3, o que pode adicionar volatilidade ao Ibovespa. Já o Banco Central divulga pesquisa Focus com expectativas de economistas para indicadores como PIB, câmbio, inflação e juros às 8h25.

3. Guedes em Davos

Paulo Guedes, ministro da Economia, e sua equipe participam em Davos, na Suíça, do Fórum Econômico Mundial. A missão será mostrar que o Brasil mudou de cara em 2019, saindo do que classificou de “abismo fiscal” para um período de recuperação econômica, com inflação e juros baixo. Nesse cenário, “vender” o Brasil como o melhor destino no mundo para investimentos ganhou relevância.

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Além de Davos, Guedes deve reforçar sua agenda internacional nos próximos meses, o que não aconteceu no ano passado quando ele cancelou muitas viagens e não aceitou convites para sair do País.

Para atrair o olhar dos estrangeiros, a equipe econômica pretende explorar também a perspectiva de acelerar a sua entrada como membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), depois do apoio dado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à candidatura brasileira.

Um ano após a sua primeira participação no fórum, o ministro vai levar a mensagem de que o Brasil aprofundará as reformas em 2020, está corrigindo erros e começou a entregar a agenda de medidas prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ainda sobre o ministro, em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, do Poder360, Guedes voltou a dizer que o dólar alto e os juros baixos são o “novo normal” e que o país vai aprofundar as reformas este ano. O Ministério da Economia projeta expansão de 2,4% do PIB em 2020, mas Guedes disse que, com reformas, em 2020, o Brasil pode estar crescendo 4% ao ano. Contudo, as expectativas para o crescimento podem ser abaladas em caso de descontinuidade das reformas.

4. Política

Com dificuldades para privatizar estatais, o governo estima ingresso entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões com a venda de ações de empresas que “desconhecia” ser proprietário, entre elas dos bancos Santander e Itaú Unibanco, das teles Vivo e Tim e da fabricante de aviões Embraer. São 57 participações minoritárias (ou seja, a União não é a controladora) em empresas com ações na B3, a Bolsa paulista, e também com capital fechado. O governo chegou a esse número depois de um levantamento que durou cinco meses.

O Ministério da Economia também vai vender a participação via FI-FGTS (fundo de investimento que usa parcela do FGTS para aplicar em infraestrutura) em 14 empresas. Em fevereiro, o ministério promete divulgar a “caixa-preta” do fundo com os valores de cada empresa e quanto o governo ganhou e perdeu nas operações do fundo, administrado pela Caixa Econômica Federal e envolvido em casos de corrupção. Veja mais clicando aqui.

Ainda em destaque, o presidente Jair Bolsonaro sancionou sem vetos o Orçamento de 2020, que inclui o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para ser utilizado nas eleições municipais de outubro. O anúncio foi feito na sexta-feira pelo ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, pelo Twitter.

5. Noticiário corporativo

A Petrobras anunciou que iniciará a fase vinculante para a venda de ativos no Uruguai nas próximas semanas. A Marfrig, por sua vez, concluiu a liquidação antecipada das notas sênior de 2023. A Ânima aprovou a oferta primária de pelo menos 22,5 milhões de ações ON.

Já a Taesa aprovou a emissão de R$ 300 milhões  em debêntures, enquanto a Eneva aprovou a emissão de R$ 600 milhões em debêntures.

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(Com Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)