Ibovespa Futuro tem leve alta com investidores à espera de dados dos EUA e possível acordo comercial

Pré-market registra ganhos apesar de dados acima do esperado na inflação oficial do mês de novembro

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em leve alta nesta sexta-feira (6) com os investidores atentos ao Relatório de Emprego dos Estados Unidos e aos desdobramentos da guerra comercial.

O ministro de Finanças da China disse hoje que o país poderá cortar a sobretaxa de 25% que impôs sobre a carne suína e a soja americana como parte de um movimento para chegar a um acordo até meados de dezembro.

Às 9h15 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para dezembro tem leve alta de 0,18%, a 110.940 pontos. Já o dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava moderados ganhos de 0,08%, a R$ 4,1935.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai três pontos-base a 4,67% e o DI para janeiro de 2023 recua dois pontos, para 5,83%. A queda vem mesmo após a inflação oficial brasileira vir acima do esperado em novembro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro subiu 0,51% na comparação mensal. A expectativa mediana dos economistas compilada no consenso Bloomberg era de um avanço de 0,47%.

Este é o maior resultado para um mês de novembro desde 2015, quando o índice subiu 1,01%. O resultado foi impactado pelo aumento nos preços preços da carne, reajuste de loterias e nova bandeira da energia elétrica.

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O acumulado do ano foi para 3,12% e o dos últimos doze meses, para 3,27%, acima dos 2,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. A projeção dos economistas era de alta a 3,23%.

Também nesta sexta-feira, o Banco Central da China anunciou a injeção de 300 bilhões de yuanes (US$ 42,6 bilhões) no sistema bancário do país, informou a agência Dow Jones.

Os recursos vencem em um ano e foram repassados a uma taxa de juros de 3,25%, para estimular o crédito em meio à desaceleração da economia. Na Europa as bolsas operam em alta, embora os dados da indústria não sejam positivos. A produção industrial alemã sofreu uma queda de 1,7% em outubro, informou hoje a Destatis, agência estatística alemã.

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Opep prepara corte na produção 

Embora os preços dos futuros do petróleo tenham subido nos últimos dias, os mercados da commodity operam em baixa nesta sexta-feira, com o fim da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo na Áustria.

A chamada Opep+, que inclui a Rússia, já acertou que cortará a produção para evitar uma “superoferta” do produto no começo de 2020.

O pré-acordo, que deverá ser ratificado mais tarde, prevê um corte inicial de 500 mil barris diários, Qualquer ganho de preços pelo corte decidido na Opep+ será aproveitado pelos países exportadores que não fazem parte do cartel, como os Estados Unidos, atualmente maior produtor mundial com 11 milhões de barris diários.

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“A produção americana continuará a crescer mesmo em um ambiente de preços mais baixos do petróleo”, informou a consultoria Rystad Energy. Os preços um pouco acima da média dos últimos dias deram apoio ao IPO realizado na quinta-feira pela estatal petrolífera saudita Aramco, que superou US$ 25 bilhões e tornou-se a maior oferta pública de ações.

Noticiário corporativo

O Estadão aponta que a Marfrig deve lançar hoje nova oferta de ações. A emissão servirá para que o BNDES venda a fatia de 33,74% que detém do frigorífico e pode chegar a movimentar R$ 2 bilhões; procurada, a empresa não comentou, diz jornal. Já a Unidas apontou que, até o momento, não há aprovação para oferta de ações.

A Copel aprovou juros sobre capital próprio de R$ 643 milhões e a Cyrela aprova dividendos intermediários de R$ 400 milhões, enquanto a Multiplan expandiu o ParkShoppingBarigui e investiu R$ 250 milhões.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.