Coca-Cola muda estratégia para ficar menos séria após 7 anos

De “abra a felicidade”, empresa passa a apostar no slogan “prove o sentimento”

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Depois de 7 anos apostando em uma estratégia de marketing um tanto “professoral” e “super-intelectualizado”, a Coca-Cola resolveu focar mais em seu produto. É o que explica o diretor global de marketing recém-empossado Marcos de Quinto.

Ao site Ad Age, de Quinto falou sobre a mudança de slogan: de “Abra a felicidade (“Open Happiness”, em inglês), o marketing da companhia passa a ser “Prove o sentimento” (ou “Taste the Feeling”). A ideia é deixar de tratar temas sérios como bullying e coexistência entre povos em guerra e trazer uma mensagem mais simples, sobre o prazer associado ao próprio refrigerante.

Como parte da mudança, a marca decidiu unificar todos os produtos: Coca-Cola, Coca Zero, Coca-Cola Light e Coca-Cola Life – que não é vendida no Brasil. Os anúncios foram lançados nesta terça-feira em mais de 200 países – todos onde a Coca-Cola é vendida. É possivelmente a maior mudança de estratégia de marketing da empresa.

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Segundo de Quinto, a mudança foi feita porque a Coca-Cola “começou a falar de uma maneira professoral às pessoas. E a Coca-Cola sempre foi um simples prazer. A grandeza da Coca-Cola reside em sua humildade, em sua simplicidade”, mas “quanto mais tentávamos ensinar as pessoas, menos mostrávamos isso”.

A nova estratégia de “marca única” também faz parte do posicionamento da companhia de focar nas vendas em termos de dólares, ao invés do crescimento em volume. Financeiramente, a Coca-Cola pretende passar a vender embalagens menores que resultariam em maior lucratividade. A Coca-Cola Zero, por exemplo, deixaria de ser um produto diferente para ser uma nova opção de Coca-Cola com menos calorias – antes, as versões não-tradicionais do refrigerantes eram “negligenciadas” nas propagandas principais.

Veja alguns dos novos comerciais da marca, um deles com a música “Under Pressure”, de Queen e David Bowie. 

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney