X-Men “derrotam” Vingadores e lucro da Disney frustra expectativas mesmo com recorde

Apesar de "Vingadores: Ultimato" se tornar a maior bilheteria da história, fiasco de "Fênix Negra" pesou no resultado da companhia

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Nem o sucesso de “Vingadores: Ultimato”, que recentemente se tornou a maior bilheteria da história, conseguiu evitar que a Disney frustrasse as expectativas dos analistas em seu resultado do terceiro trimestre fiscal, divulgado na noite desta terça-feira (6).

A companhia registrou lucro por ação de US$ 1,35, contra uma projeção dos analistas de US$ 1,75. A receita, por sua vez, ficou em US$ 20,25 bilhões no período, enquanto especialistas esperavam por US$ 21,47 bilhões. Com os números, as ações da empresa chegaram a cair 5% no after market em Nova York.

Se os Vingadores conseguiram chegar aos US$ 2,8 bilhões nos cinemas, foram os X-Men que se tornaram os “vilões” do trimestre. O mais recente filme do grupo, “Fênix Negra”, que foi obtido pela Disney no acordo de aquisição da 20th Century Fox, decepcionou nas bilheterias, faturando apenas US$ 65 milhões nos EUA e US$ 186 milhões no exterior, sendo que seu custo (sem considerar marketing) foi de US$ 200 milhões.

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Por conta do fiasco do filme dos X-Men, o segmento de estúdio de cinema da Disney registrou receita de US$ 3,8 bilhões durante o trimestre, representando um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, ficou abaixo dos US$ 4,5 bilhões previstos pelos analistas.

“O estúdio de cinema Fox teve um prejuízo operacional no terceiro trimestre de cerca de US$ 170 milhões, que foi impulsionado pelo baixo desempenho dos filmes lançados, incluindo ‘Fênix Negra’, marketing para lançamentos futuros e despesas de desenvolvimento”, disse Christine McCarthy, CFO da Disney, na conferência de resultados.

Enquanto isso, a unidade de mídia da Disney teve receita de US$ 6,7 bilhões, um aumento de 21% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Já a unidade de parques da empresa registrou receita de US$ 6,6 bilhões no período, uma alta de 7%.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.