Novus Capital busca crescimento para aproveitar fluxo

Fundo de hedge da asset quer crescer quase quatro vezes nos próximos dois anos

Bloomberg

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(Bloomberg) — O fundo de hedge Novus Capital está se preparando para crescer quase quatro vezes nos próximos dois anos na expectativa de que o Brasil supere outros mercados emergentes e atraia uma enxurrada de fluxo.

O Novus administra atualmente R$ 1,6 bilhão e tem operadores e analistas suficientes para movimentar R$ 6 bilhões, disse João Feijó, diretor de Relações com Investidores, em entrevista. Resultado de uma fusão entre o Modal Asset e o Flag Asset em 2018, o fundo tem ambições ainda maiores: quer alcançar R$ 10 bilhões e se juntar às fileiras dos maiores gestores de ativos do Brasil. Para chegar lá, será necessário expandir sua equipe de 23 membros, disse Feijó.

O Brasil se destaca entre os mercados emergentes porque está no início de uma expansão econômica e tem o primeiro governo de direita desde que o país retornou à democracia na década de 1980, disse Luis Eduardo Portella, que anteriormente estava no Modal e agora é sócio-fundador do Novus encarregado de renda fixa. Os fundos de hedge se multiplicaram no Brasil nos últimos anos, e muitos concorrentes já fecharam fundos populares para buscar novos investimentos após fortes fluxos de entrada.

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“Essa é a nossa meta, competir com os grandes fundos do Brasil”, disse Portella, falando do escritórios do Novus no Leblon, onde estão localizados os maiores gestores de recursos do Rio de Janeiro. “O Brasil está em um momento em que não há gestores de portfólio suficientes para a entrada de recursos.”

A maior parte do dinheiro novo irá para o seu principal fundo, o Novus Macro, que investe em ações, títulos, taxas e moedas. O fundo entrou sob nova administração em meados de 2018 após a fusão, e bateu 79% de seus pares nos últimos três meses, segundo dados compilados pela Bloomberg. Para os investidores que podem tolerar uma maior volatilidade, lançou recentemente o fundo Novus Long Bias, com o objetivo de administrar cerca de R$ 500 milhões.

Expansão econômica

O Novus espera ver as ações dos mercados emergentes avançando este ano, com o índice S&P 500 entrando em declínio. O momento do ciclo econômico do Brasil, desde a maior recessão de todos os tempos, coloca-o em uma posição melhor do que a Rússia, o México e a China.

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Isso significa que o dinheiro será despejado em ações e ainda há muito dinheiro a ser feito em taxas, à medida que a ponta longa da curva diminua. Mesmo que os investidores estrangeiros permaneçam reticentes, espera-se que os fundos de pensão públicos comecem a transferir mais dinheiro para o mercado acionário local. O Novus vê o enfraquecimento do dólar para R$ 3,50 no segundo trimestre, se as perspectivas para a reforma da Previdência continuarem positivas. A moeda está sendo negociada atualmente perto dos R$ 3,67.

“Se os fundos de pensão chegarem a 25% em ações, não precisa de gringo”, disse Portella. “É mais fácil ter uma grande posição no Brasil.”

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