“Dólar pode ir muito além de R$ 4″, afirma gestor de asset de R$ 6 bilhões

Para dólar voltar ao baixo patamar, seria preciso uma reviravolta "muito forte" no cenário eleitoral, segundo Luis Alberto Garcia

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Na última semana, a grande volatilidade do mercado levou o dólar acima de R$ 3,90, maior patamar desde março de 2016 – o que fez com que o Banco Central realizasse uma série de intervenções, como leilões diários, para tentar segurar a moeda americana. Mesmo assim, os US$ 24,5 bilhões e swaps cambiais esta semana não conseguiram o efeito desejado. Para Luis Alberto Garcia, CIO da Mauá Capital, gestora que possui R$ 6 bilhões em ativos sob gestão e tem a maior posição do fundo Mauá Macro nas treasuries americanas, “o dólar pode ir muito além de R$4”. 

Em entrevista ao programa Papo com Gestor desta semana, Garcia afirmou que a alta da moeda na última semana para R$ 3,90 ocorreu por conta do fator especulativo, mas segundo ele, não devemos ver uma volta do dólar para o quadrante de R$ 3,25 – R$ 3,50 muito cedo. “É muito difícil a gente voltar para esse preço, a não ser que ocorra uma reviravolta muito forte no cenário eleitoral”, diz. (Confira no vídeo acima)

Segundo ele, o cenário mais provável, por conta da incerteza do quadro eleitoral, é o dólar entre R$ 3,75 e R$ 4, mas “sem dúvida nenhuma o dólar pode ir muito facilmente acima de R$4”.

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O gestor explica que se houver uma combinação do mercado internacional menos favorável (com uma aceleração do processo de alta dos juros americanos – e não como está acontecendo no momento), aliado a uma eleição nacional que tenha um candidato percebido pelo mercado como ‘menos favorável’ eleito, “você pode facilmente romper os R$ 4 com muita facilidade e realmente ir muito além de R$ 4”. 

Para Garcia, o que vemos agora é uma “normalização da política monetária nos EUA”: os juros devem continuar subindo em território norte-americano em 2018 ao ritmo de uma alta por trimestre, totalizando 4 altas no ano, e mais altas devem ser vistas ao longo de 2019.  “A economia americana está indo muito bem, está muito claro que o Fed tem que subir [os juros] sim”, diz.

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