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Poupança rende mais que outros fundos

A Poupança anda tendo rendimento melhor do que outros fundos de renda fixa do mercado. Isso só faz com que aumente a fama de ser o investimento mais utilizado pelos brasileiros. Mas os investidores devem procurar se informar para saber quais são os reais motivos para essa alta atratividade e, mais ainda, descobrir se essa é a melhor opção para garantir a realização dos seus sonhos.
Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

 

A caderneta de poupança surgiu no século XIX e, ao longo dos anos, se transformou na “queridinha” do povo brasileiro. Inicialmente, era destinada às camadas menos favorecidas da população, para que pudessem começar a guardar suas economias. Hoje, investidores de todas as classes sociais aplicam seus recursos nela, que vem tendo rentabilidade maior do que outros fundos de renda fixa.
 
Isso se deve a diversos fatores, dentre eles o de não precisar pagar taxa de administração e a elevação da Selic para 9,5% ao ano, uma vez que está vigente a nova norma: depósitos feitos após 4 de maio de 2012 rendem 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR), sempre que o juro básico for menor ou igual a 8,5% ao ano. Aos feitos anteriormente a essa data, possuem remuneração de 0,5% ao mês mais a TR.
 
A flexibilidade no momento das retiradas e a isenção de Imposto de Renda são outros motivos que tornam a Poupança mais cômoda, aumentando a atratividade. A vantagem dos outros fundos surge quando se trata de investimento em longo prazo, assim como o Tesouro Direto, que oferece um retorno maior. Mas, na hora de aplicar, o investidor deve levar em conta outros aspectos, como os sonhos.
 
Relacione, no mínimo, três sonhos: de curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo prazos (acima de dez anos). É preciso se informar sobre os tipos de investimento para encontrar um que mais se adéque às limitações de cada sonho – quanto poupará por mês e quando pretende realizar, por exemplo. Para saber disso, é preciso fazer um diagnóstico da sua vida financeira, tendo, assim, a exata noção de seus ganhos e gastos.
 
Para os sonhos de curto prazo, a Poupança, sem dúvida alguma, é a melhor opção. Aos de médio prazo, recomendo CDB, Fundo de Investimentos, Tesouro Direto e até Ouro – mas, neste caso, é melhor ter o auxílio de um especialista e pesquisar sempre em, pelo menos, três bancos de grande porte diferentes. Mas, para os sonhos que serão realizados num prazo maior que 10 anos, ações, Tesouro Direto e previdência privada são ótimas alternativas. 
 
Tente conciliar essas recomendações de aplicações com o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado). E lembre-se sempre: com planejamento e força de vontade, é possível alcançar todos os seus objetivos, sejam eles a aquisição da casa própria, a quitação das dívidas ou a aposentadoria tranquila. Eduque-se financeiramente!

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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